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Projeto de escritor. To sempre de malas prontas pra lugar nenhum por que até hoje não achei casa alguma dentro de mim. (Pra saber mais, clique ali em Quem eu sou, à direita)

domingo, 27 de maio de 2012

Mike Shinoda: What Happened to That Boy?





Mike Shinoda apareceu juntamente ao Linkin Park. Após o bem sucedido Hybrid Theory e o seu sucessor Meteora, a banda se firmou entre as maiores desse novo milênio. Fui fã a um bom tempo atrás. Mike e Chester faziam uma combinação interessante: Mike trazia na sua essência o hip hop e Chester era aquele frontman explosivo. O Linkin Park contagiou uma geração inteira e criou uma legião de fãs embalados por ‘Faint’, ‘In The End’, ‘Crawling’ e outras músicas. A junção entre rock e hip hop consolidou o gênero New Metal, e posso afirmar que foi daí em diante que comecei a me interessar pelo rap.

A banda porém, começou a ter altos e baixos. Em 2004 entre projetos paralelos, Chester começou outra banda, Dead By Sunrise enquanto Mike trabalhava com o Depeche Mode. Ainda em 2oo4, em parceria com Jay-Z aconteceu o álbum Collision Course, que continha faixas remixadas junto a versos de Hova. O projeto não foi bem recebido pelos fãs de ambos, mas apesar de não ter sido um sucesso de crítica, Jay-Z ajudou Mike no seu projeto paralelo ‘Fort Minor’ que contém participações de Common, Lupe Fiasco, Holly Brook (Skylar Grey), Styles of Beyond e John Legend. Além de ter sido muito bem recebido pela crítica, The Rising Tied mostra um outro lado de Mike, mais voltado ao Hip Hop, atuando também como produtor do projeto. Remember The Name é uma das músicas mais conhecidas, além da baladinha Where’d You Go que se junta à Back Home com participação de Common e a bem produzida Be Somebody com Lupe.

Em 2005 após problemas com a gravadora, Linkin Park e Warner Bros firmaram um novo acordo e saiu Minutes to Midnight, produzido por Shinoda e Rick Rubin. Entre as mais conhecidas, Bleed It Out, Shadow of The Day trazem uma sonoridade bem diferente de outros cd’s, deixando de lado o Hip Hop e apostando em um Rock misturado a música eletrônica. A banda por pressão da gravadora retirou 5 faixas e contrariou as expectativas e afirmações de que traria novamente o New Metal antiga característico do começo da banda. Cheguei a comprar o CD e mesmo sendo totalmente diferente de Meteora e Hybrid Theory, MTM continha um pouco de Mike, vsto em Bleed It Out e Hands Held High, faixas com Mike rimando.

Quando foi anunciado A Thousand Suns aconteceu aquilo que os fãs já esperavam. O cd continuava com a mesma sonoridade de Minutes to Midnight, mas pouco consegue se enxergar daquele Linkin Park do início do milênio. O disco foi de longe a maior experiência da banda, não contendo basicamente nada de Hip Hop. Mike virou um simples guitarrista, tendo papel maior como produtor ao lado de Rick Rubin, novamente. Tal álbum nem despertou minha curiosidade pela grande mudança de musicalidade da banda, mas me fez repensar isso ao entender o contexto dele, trazendo algumas simbologias e uma interessante junção de histórias interligadas entre as faixas.

Nas últimas semanas saiu o primeiro single de Living Things, Burn It Down que basicamente é uma junção dos dois últimos cds, já deixando claro como será o novo projeto. Linkin Park que surgiu como uma banda rebelde se tornou uma banda (sonolenta) de rock. A mudança tem grande relação à pouca aparição de Mike nos vocais. Mike Shinoda nunca passou de um rapper mediano que se destacava mesmo na produção, mas tratou de se contentar a um espaço mínimo de participação na sonoridade musical do Linkin Park. Chester continuou com o projeto de banda Dead By Sunrise, enquanto o bem aclamado pela crítica, Fort Minor, não teve continuidade. Tal assunto é uma constante na industria musical. Não são poucos os exemplos que temos de rappers que mudam de estilo ou acabam fazendo um rap mais ‘leve’. A diferença é que alguns não tinham qualidade, outros eram Mike.

domingo, 20 de maio de 2012

"Eu vou bem"


Minha criatividade nos últimos dias entrou em estado de putrefação. Nada se cria, muito se pensa e pouco se executa. Pensamentos inundando e a minha incapacidade de traduzi-los em palavras me remetem a uma frustração que recai sobre mim durante essa semana. E mesmo sendo contraditório, venho aqui escrever sobre: não conseguir escrever. E o pior disso é que meu humor depende da escrita. Quanto mais escrever, melhor para mim e para o meu bom humor diário. Quando não estou bem preciso escrever e por isso que quando não estou bem, preciso escrever.
Esse meu "vou bem", depende de muitos fatores, mas principalmente sobre o citado acima. A escrita para muitos é um estilo de terapia, descarrego, hobby ou outro nome escolhido, mas que sempre vem com a mesma função: liberar aquilo que vem nos pensamentos e traduzir isso em palavras. 
E esse meu "vou bem", não chega a ser aquele mentiroso "estou ótimo" e nem aqueles "vou indo", "normal" conformados. Pegando um gancho no texto de Paulo Sant'Ana, 'não há nada mais desanimador para uma pessoa que tem uma vida normal. Posso estar enganado, mas alguém que vive uma vida razoável anda profundamente infeliz. E quem vive uma vida regular certamente não está vivendo uma vida boa. 
Eu fico muito triste ao ouvir das pessoas a seguinte opinião: "Eu vou indo". Ou seja, quer dizer que a vida daquela pessoa não muda, é sempre a mesma, não sai do lugar, passam os anos, longos anos, nada mais aquela pessoa espera da vida que não seja a morte. E vai indo'.  
É por isso que digo "Eu vou bem". Ou seja, as coisas não são o que eu espero, mas eu faço o possível para que elas sejam como eu espero. Nada é perfeito, mas eu vivo quase aquilo que eu esperava e sinto que as coisas vão dar certo, por isso eu ainda espero. Existe sempre um 'que' de 'ah, poderia ter sido diferente' ou 'eu poderia ser mais' e nesse mais, se incluem várias coisas, mas a principal é: feliz. Não digo que não sou, mas a gente sempre poderia ser mais. E enquanto não existe esse mais, a gente fica no "Eu vou bem".

sábado, 12 de maio de 2012

Amor, só de mãe.

Acredito já ter passado por algumas situações que me dão experiência para falar sobre esse assunto. Falo desse assunto com um 'que' de malícia e oportunismo, nesse dia tão 'comercial' e cheio de falsas e vagas declarações que contradizem a realidade.
Mãe não é pra sempre, mas deveria ser. Mãe dura o tempo preciso para se tornar a maior figura de nossas vidas. Também não acredito em morte, em relação à mães. Elas vivem dentro de nós, entre pequenos gestos e detalhes de nossas personalidades. Ninguém mais é tão parecido conosco do que nossas mães, isso faz com que briguemos tanto com elas, pois vemos nossos defeitos nela e vice-versa. Não posso negar que tenho meus conflitos com minha mãe, é algo comum, todos tem. Assim como todos tem amor por suas mães. Até o Eminem tem.
Não bastam palavras ou textos para se falar de um ser tão incrível. Mãe é um ser diferente. É uma espécie evoluída, bem a frente dos outros. Qual outro ser humano faz tanto pelo outro quanto uma mãe faz pelo filho? Acho que a resposta é: nenhum. Mãe é a mais bela invenção que existe. Esse e todos os outros dias deveriam ser voltados à ela. Nossas mães são templos. Cheias de sabedoria, generosidade e bravura. Nossas mães são nossas casas. Nosso porto seguro. 
Nem essas palavras, nem textos mais bem editados ou com melhor antecedência ficariam tão bem escritos, pois nada se compara a uma mãe. Amores, existem muitos. Existe carinho, que é muitas vezes confundido com amor. Existe respeito, fraternidade, ternura, companheirismo. Existem várias coisas. Mas existe apenas uma mãe.

*Link do especial do Raplogia sobre o dia das mães.

sábado, 5 de maio de 2012

Excelência

Excelência. É a palavra que mais me vem à cabeça nos últimos dias. Assim como é a que eu mais escrevo e penso nesses já ditos. Não posso negar que enfrento uma crise de identidade. Mas, o mundo enfrenta também e então porque eu não também?
Eu tenho vivido dias difíceis. Talvez eu realmente esteja crescendo e vendo como minhas decisões afetam as atitudes das pessoas e o quanto isso pode machucá-las. Eu tenho aprendido com ex-namoradas, mendigos e com o que for possível, como uma grande esponja que absorve tudo que é informação. Tenho vivido entre dilemas e entre fazer o certo e o que quero. E entre esses paradoxos, eu erro e me acho, assim como me perco. Eu sigo os fatos, mas talvez os fatos me sigam e fazem eu ser a pessoa que sou. Eu tenho aprendido entre corações quebrados: entre os que eu quebrei e quantas o meu foi quebrado.
E no meio de tudo isso, eu procuro a excelência. Mesmo que não exista eu a procuro. Talvez eu nunca ache, mas e daí? É a minha busca incessante e doentia por algo que eu nunca chegarei perto, mas eu devo tentar ao invés de morrer como um mero inútil.
Eu procuro ser a excelência em tudo que faço. Em ser o estudante excelente e a excelência como trabalhador, filho e companheiro. E porque não também, mas também como futuro escritor e escritor desse mero momento. Porém, existem mais inimigos do que fatores colaboradores para que tudo isso ocorra. Eu nunca serei tudo isso. Não ao mesmo momento. Não em plenitude. Então, eu estarei em busca da plenitude como ser humano ou a excelência? Não importa, afinal, seria mais uma coisa para seguir. E existe tanto por começar para ser algum dos dois que talvez eu passe mais tempo na procura incessante por ser do que no estado do mesmo. Tantos livros para ler, filmes para olhar, álbuns para se ouvir e eu aqui, escrevendo. Tantas palestras, artigos, novidades e informações que ao mesmo tempo em que trago meus pensamentos aqui, são perdidos no vazio de um casa que não é lar.
Em meio à 800 visitas, vejo que mais da metade são apenas cliques aleatórios, me fazendo repensar o modelo de blog que quero ter. Mas se números não mentem, isso seria uma exceção, certo? Mas se eu sigo a excelência plena, isso seria apenas uma desculpa. Ou seria a grande verdade de que não conseguimos atingir todas as metas ao mesmo tempo. E entre seguir e seguidores existem coisas que não devemos realmente procurar achar razões ou fazer esforços para ser o máximo possível do que se pode ser enquanto ser humano.
Porém mais do que a excelência e plenitude tão perseguidos por mim, antes de tudo sou filho, trabalhador, estudante, escritor e ser humano. Filho vindo de uma casa, não de um lar. Pois uma casa não faz um lar. Paredes nunca serão o bastante para quem não teve afeto paterno e materno. Também sou trabalhador e nesse caso, devo ressaltar: longe da excelência, mas com muitos projetos e pretensões. Estudante, também, longe da excelência, mas à caminho disso tudo. Escritor, diga-se de passagem, amador, mas com qualidade. Não vou negar e dizer que tenho um dom, mas a repetição traz a melhoria a cada dia, e um dia talvez eu consiga a excelência. E ser humano, mais do que nunca, longe, muito longe da excelência e plenitude. Não por não querer, mas talvez isso faça parte da natureza do ser humano. Não ser perfeito. Ou não seguir tudo à risca como devemos. E por mais que eu me esforce, talvez eu nunca seja 10% que meu pai foi, mesmo que muitas vezes eu o odeie. Ou provavelmente eu nunca serei tão generoso e me entregarei por completo, trocando tudo aquilo que quero, por tudo aquilo que devo, como minha mãe. Nunca serei tão responsável quanto filho como minha irmã é, pois ela nunca foi tanto assim também.
E além de tudo, eu também sou o estudante que repetiu e continuou a estudar. Sou o ser humano que sofreu e ainda sofre de depressão, e talvez sempre sofrerá. Superando ela de tempos em tempos. E sempre serei aquele cara que tu nunca vais dar a mínima, mas não se importa com isso.
Por isso admiro quem faz boa música. Quem faz música com excelência. Por isso acho Mr. West um gênio, por ser produtor, cantor e estilista, por excelência. Por isso, respeito Drake pela excelência nos refrões. Assim como respeito a excelência de Nas nas rimas, Pac pelo excelente ser humano que foi e todos os jornalistas pela excelente dedicação.
Mas antes de tudo sou filho, estudante e ser humano. Por isso sempre estarei em busca de algo que não acharei, mas que sempre procurarei. Talvez esse texto seja excelente. Ou talvez seja apenas um amontoado de linhas confusas. Talvez eu nunca saberei isso ao certo. Talvez eu procure não saber e apenas procure por achar excelente. Um mutante, em excelência.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Food & Liquor II: o renascimento de Lupe?



São poucos os cantores que tem seu álbum de estréia considerado um clássico. Esse é o caso de Lupe Fiasco. Food & Liquor é um clássico, entrando até na lista dos mil álbuns para se ouvir antes de morrer. No seu primeiro CD, nos deparamos com um MC inteligente, que não fala sobre temas banais e clichês, indo na contramão das letras da maioria dos rappers atualmente e trazendo de volta a intenção do Hip Hop: o protesto. Críticas sobre o governo, em especial o governo americano, disparidade social, racismo, valorização das mulheres, mídia e suas mentiras e o complexo de inferioridade imposta aos negros. Lupe é um MC sábio, e isso reflete tanto nos temas que aborda quanto em relação as suas rimas e jogos de palavras. Ele chegou a ganhar um Grammy por ‘Daydreamin’, faixa de Food & Liquor. Muitas vezes me pergunto se o MC de Chicago não engoliu um dicionário quando pequeno. Seu vocabulário extenso e facilidade em transformar músicas em histórias contando fatos que são escondidos pela mídia. A pergunta que não quer calar é: o que aconteceu com o rapper mais inteligente do jogo?
Pergunto isso, pois L.A.S.E.R.S. foi um fracasso. Comercialmente talvez não. Mas na qualidade sim. Não que Lasers seja um álbum em si ruim, existem algumas excessões, mas o próprio Lupe em entrevista disse que odiou o álbum e o processo de construção dele. Isso porque a Atlantic Records manteve o disco na geladeira durante 3 anos. O álbum que foi feito em 2008, acabou sendo lançado apenas em 2011, barrado pela gravadora que se recusou a promover singles. A batalha financeira também foi outro fator para a demora do lançando do álbum, além do pedido da Atlantic Records de que houvesse um tom mais ameno, sem muitas criticas. Nesse meio tempo, Wasalu teve depressão e pensou em suicídio. Foram quase 3 anos de brigas internas. E a demora só ajudou a aumentar a decepção que foi Lasers. Teria ele se perdido em meio as criticas?
Acredito que a maioria das coisas que ele diz são muito coerentes, mas em outras parece que ele poderia fugir de algumas polêmicas que não acrescentam em nada a ele. Entre esses incidentes, posso citar a repercussão que houve quando ao final da performance de Superstar no programa de David Letterman disparar: ‘Diga não a nova ordem mundial!”. Ou então quando chamou a MTV de ‘a rede favorita dos Illuminati’ e Obama de ‘o maior terrorista do mundo’. Todos sabem que Lupe é um crítico e não fala mentiras ou sobre o que não sabe, mas parece não saber o momento certo para falar isso. Porém isso também o difere de tantos outros rappers que se mantém neutros à um assunto que possa ser de interesse de outros
Mas retornando ao assunto, tenho a ideia de que quanto mais se espera de um disco, maior será a decepção. Isso também se dá pelo fato de Food & Liquor e The Cool terem sido álbuns de incrível qualidade, sendo o primeiro, um clássico. No seu terceiro álbum, Lupe acabou cedendo aos pedidos da gravadora e em certos momentos a sonoridade vai ao contrário do apresentado em seus dois primeiros álbuns. Lasers em seu todo, é um álbum confuso, onde o rapper apresenta bem menos do que ele já mostrou, mas que tem seus momentos. Porém, há esperança de que Food & Liquor II repita o primeiro. Uma notícia boa é de que Matthew Santos, que já colaborou em Shinning Down, Superstar e American Terrorist, estará no próximo álbum, ocupando o espaço que foi cedido ao MDMA em Lasers. Outro fato animador é que em Friend Of The People, a mixtape, Lupe de certa forma, volta as origens, juntamente com a sua qualidade.
Existe um consenso de que Lasers foi uma exceção e não será repetido. Food & Liquor II deverá continuar a história e o molde do seu antecessor e clássico. O jeito é esperar que Food & Liquor II seja o renascimento de Lupe e que traga o mc mais inteligente da cena juntamente com seu criticismo e jeito inconfundível de fazer rimas e músicas incríveis.

domingo, 29 de abril de 2012

Profissão Repórter: Primeira entrevista

Comecei há um mês na Agência A4 - Agência Experimental de Jornalismo na UNISC/RS, universidade onde estou estudando desde o começo do ano.
Minha primeira experiência como jornalismo se deu com a entrevista de Juarez Tosi, jornalista ambiental e que na integra colocarei a entrevista.
Espero que gostem:


“O principal é a conscientização”, diz Tosi

POR FREDERICO SILVA 



23/04/2012 
Juarez Tosi é jornalista, editor da Ecoagência, e referência no Jornalismo Ambiental brasileiro. Na última quarta-feira ele foi entrevistado pela Agência A4- Núcleo de Jornalismo. Por telefone, durante aproximadamente 10 minutos, o autor do livro Santuários Ecológicos, respondeu perguntas sobre ecologia e sua profissão. Para Tosi, o fundamental é checar os dois lados do fato, independente de se tratar de jornalismo ambiental ou de qualquer outra área. Confira o resultado dessa conversa:

FS: O que é jornalismo ambiental?

JT: O Jornalista consiste em fazer a cobertura de um assunto ou evento de um ângulo social de questões em relação a catástrofes, mas também tem a função de educador. Ele traz a informação olhando o problema ou situação pelos dois lados, as duas faces que existem, sempre com o intuito de educador.

FS: Como é cumprir uma pauta que envolve ecologia/meio ambiente?
JT: Uma pauta ecológica se dá do mesmo jeito que qualquer outra pauta política, econômica ou esportiva. O que diferencia de outro tipo de pauta é a sensibilidade para enxergar os dois lados. Se todas as áreas se preocupassem com isso, vendo o problema pelas duas faces, as coisas seriam mais simples. O principal é a conscientização.

FS: Qual é o preparo que o jornalista deve ter ao se envolver com assuntos ambientas?
JT: O jornalista precisa de conhecimento para falar sobre um assunto. A internet facilita muito isso. Por exemplo, quando eu comecei como repórter em 1979, nós pesquisávamos em arquivos de jornais, livros e etc. Hoje em dia é apenas procurar por 'Banhado do Taim, de Rio Grande’, e se encontram muitas informações sobre o assunto. Então, o principal é se informar antes do assunto que irá ser abordado.

FS: Há quanto tempo trabalha com o jornalismo ambiental? Já sofreu alguma ameaça?
JT: Comecei como repórter em 79, cobrindo a área de esporte. Depois fui para a Zero Hora, em meados dos anos 80, onde comecei a ter interesse por essa área. Naquela época estava muito na mídia e havia muita preocupação com a questão da Camada de Ozônio. Outro assunto que me chamava atenção era o desmatamento, que me tocaram muito e me fizeram optar por essa área. E sobre a segunda pergunta, nunca fui ameaçado. O mais próximo disso foi quando tentaram evitar a publicação de uma matéria. Isso ocorreu quando estive na Zero Hora. Fui cobrir uma reportagem em Canela, sobre uma madeireira, e o dono da mesma ligou para a Zero Hora e perguntou se eu havia visto os dois lados da história. Mas como eu realmente cobri e dei espaço aos dois lados, a matéria pode ser publicada.

FS: O que o jornalismo pode fazer pelo meio ambiente e por consequência, influenciar na vida da sociedade?
JT: Pode mostrar ao ser humano como ser mais saudável e o como dependemos da natureza, conseguir mudar o jeito que vivemos a vida. A participação é na construção da sociedade, sendo transparente, mostrando os dois lados, alheio à interesses que existem. Como, em um empreendimento, onde se olha apenas para o lado econômico e se esquece do lado ecológico, dando atenção apenas ao lucro.

FS: Como a usina de Belo Monte?
JT: Sim. Existem vários exemplos, até mais perto do que achamos. Aqui, em Barra Grande, onde o plantio de Araucárias estava sendo afetado. O principal é tornar a informação transparente.


Link da matéria no Hipermídia: http://hipermidia.unisc.br/a4//index.php?option=com_content&task=view&id=1954&Itemid=26

domingo, 22 de abril de 2012

Everything I Am



Entre a perfeição como profissional e a lástima de pessoa. Entre gestos solícitos e atitudes desagradáveis. Entre os deveres e as responsabilidades. Entre a genialidade e a imbecilidade. Entre e o medo e a confiança. O desejo e o entendimento dele ser passageiro. Vivendo entre paradoxos. Em mente, o sentimento de ser um mero mortal e o desejo de faraó. 
Entre a linha de chegada e o espírito esportivo. Entre o egocentrismo e a humildade, encubados em um lugar guardado juntamente à problemas, temores e dogmas. Entre ser um Illmatic ou apenas mais um. Entre tentar fazer o bem ou nem me importar. Entre tentar ser o que acho que sou ou descobrir fazendo escolhas sem pensar.
Minha avó me deu um beijo na testa e me abençoou. Desde aquele dia ando por essas ruas, mas essa cidade é pequena, assim como essas pessoas que pensam pequeno sobre problemas grandes sem o entendimento das coisas que acontecem pelo dia-a-dia. Mas talvez eu seja mais um, mas eu não posso voltar por esse caminho. 
E entre viver esses 'talvez's', talvez eu não devesse ser assim. Talvez eu deva esquecer e não esperar por esperar. E fazer por não esperar retorno. Talvez eu aja assim e seja legal. Talvez isso não faça parte de mim. Porém tudo o que não sou, faz ser aquilo que eu sou. 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Review: Take Care

Texto primeiramente publicado no Raplogia, blog especializado em Rap no qual também irei escrever de agora em diante.




Take Care é o segundo álbum de Drake. Em si, ele é bem diferente do bem sucedido Thank Me Later, o seu álbum de estréia. Não é exagero classificar Take Care como um dos melhores de 2011.
O álbum começa com uma linha ousada e que provavelmente despertou raiva em muitas pessoas. Ao pronunciar: “I think I killed everybody in the game last year, man”, em Over My Dead Body, Drake se esquece de Kanye e My Beautiful Dark Twisted Fantasy, o melhor CD de 2010. A faixa é calma, com um piano que dá classe e contrasta com a voz feminina de Chantal Kreviazuk no refrão. A música lembra e muito Fireworks, a primeira faixa de Thank Me Later, com Alicia Keys, também contendo refrão cantado por uma mulher e um piano de fundo. Em Shot For Me, novamente aparece a coincidência. Karaoke, de Thank Me Later, segue a mesma linha, com uma letra sobre relacionamentos.
Em seu encerramento começa a intro de Headlines, que é a terceira e uma das melhores faixas de Take Care. Alguns jogos de palavra inteligentes e rimas rápidas exaltando seu estilo de vida, passando por assuntos como dinheiro, mulheres e sobre o momento que está passando. Crew Love sucede Headlines e é basicamente uma apresentação de The Weeknd. Com um começo lento e um refrão totalmente diferente, Drizzy aparece apenas no fim da música.
Take Care, a música que leva o nome do album, tem participação de Rihanna e um sample de Gil Scott-Heron. A música tem potêncial para single (e teve vídeo), porém decepciona um pouco. 
Marvin’s Room/Buried Alive (Interlude) segue a linha de Shot For Me, com um certo destaque. No interlúdio, Buried Alive, aparece Kendrick Lamar, um dos melhores MC's dessa nova geração e dando um ar novo ao álbum. Underground Kings, um rap progressivo que traz vigor e mostra Drizzy com um flow diferente. We'll Be Fine passa um pouco desperecebido. As faixa Make Me Proud e Lord Knows tem as participações de Nicki Minaj e Rick Ross, respectivamente. E em Lord Knows, Drake tem seu melhor verso do álbum, rimando sobre as acusações de ser ‘suave’ demais e por cantar e também rimar, ele responde à altura e manda linhas de qualidade e supera Ross, em uma produção incrível de Just Blaze e um coral de deixar qualquer um com inveja fazendo um refrão clássico. Cameras/Good Ones Go (Interlude) é uma música que poderia ficar de fora do álbum, mas está lá para acrescentar e deixar o ouvinte no clima para Doing It Wrong. 
Good Ones Go, o interlúdio é melhor que Cameras, que é uma música no estilo chopped and screwed. Doing It Wrong, uma das melhores faixas do CD e com participação de Stevie Wonder. Em The Real Her, Andre 3000 se sobressai, podendo ressaltar o fraco verso de Wayne. HYFR, com participação de Wayne também, mostra um Drake diferente com um flow rápido e que pode ser considerada uma das melhores do CD. Wayne não decepciona e manda um verso muito bom também, mostrando um certo entrosamento entre os dois. Look What You’ve Done poderia ficar de fora do álbum, que acaba com Practice, com certa referência à Back That Azz Up de Juvenile. Hate Sleeping Alone e The Motto são as duas bonus tracks, que poderiam ser incluídas no álbum.
Take Care não decepciona. Traz boas participações e tem uma produção de qualidade. Drake conhece seu público muito bem, e esse CD é pros fãs. Na primeira metade, Rap, na segunda, RnB. Para é fã ou aprecia seu talento, é um prato cheio. Para quem não gosta, algumas músicas podem fazer você repensar o seu conceito sobre ele. Entre músicas entre mulheres e seus relacionamentos complicados, Drake passa por outras onde fala sobre a fama, seus prós e contras. Gostando ou não, Take Care é um dos melhores álbuns do ano passado e não é um álbum para se deixar de ouvir.  

domingo, 15 de abril de 2012

Posto, logo existo.


A revolução tecnológica está aí para quem quer e para quem não quer. Digo isso pois as mídias sociais estão ocupando cada vez mais espaço na vida das pessoas. A inclusão digital depende da vontade da pessoa. As pessoas perdem e muito, no contato com as outras pessoas não aderindo às redes sociais.
Estar logado virou sinônimo de sinal de vida. É triste, talvez patético, mas é a verdade. Quem é vivo, aparece... no twitter, facebook ou em outra rede social qualquer. As pessoas tem passado cada vez mais tempo na internet, perdendo em outros sentidos. Na última semana, vi uma notícia de que estamos lendo cade vez menos. Associei de imediato com o fato da internet. Já escrevi em outros textos o quanto perdemos com a internet, mas nunca tinha dito antes sobre o que ganhamos com ela.
Li um texto sobre esse assunto a duas semanas atrás, da Martha Medeiros e gostei muito, mas não concordei. É claro nesse texto (que disponibilizarei o link para leitura dos interessados no final do texto), Martha escreve muitas coisas que vivemos mas não percebemos, sem falar em seu olhar crítico sobre o modo e o porque as pessoas estão usando a internet, mas me sinto uma exceção neste caso.
Estou estudando jornalismo, curso ligado cada vez mais à internet. Ler e-mails, notícias, me atualizar, escrever, publicar e enfim, aproveitar o melhor da internet, da forma correta. Estou ligado agora à outro blog, além deste, o que faz redobrar a necessidade de escrever e bem, por isso passo horas procurando  matérias para me inspirar, notícias para se basear e ideias, para me ajudar.
Posto, logo existo. Posto, logo faço de mim nas palavras um jeito de viver, de uma forma estranha até. Nunca estive tão ligado à internet. Acabei ganhando a disputa com meu pai sobre poder usar o computador ilimitadamente. O que antes era apenas uma opção, virou uma necessidade. Não no sentido literal, mas uma necessidade 'boa', onde existe muitos benefícios, mesmo mantendo alguns prejuízos.
Penso, logo existo. Posto, logo existo, também.



sábado, 14 de abril de 2012

Nota: 10 mil


Após 13 dias de iniciar essa campanha de 10 mil acessos, conseguimos alcançar o número. Em duas semanas, ou seja, nesse mês, tivemos tivemos 311 acessos. E o mês está apenas no meio. Em comparação à março, as visitas aumentaram 2 vezes mais. Muito obrigado a todos que ajudaram, e que continuem compartilhando e ajudando na divulgação do Blog.
Lembrando que agora também levarei Reviews, tanto aqui, quanto no Raplogia.
Obrigado.
Fred