Odeio feriados. Nunca faço nada de útil pois fico naquela eterna preguiça e então eu vou deixando as coisas para depois e depois e quando chega o depois, não fiz absolutamente nada. Um dos meus grandes problemas é a preguiça e nem com 1 post semanal eu consigo cumprir minhas 'obrigações'. Mas enfim, eu ando escrevendo no Raplogia e espero que a semana que vem seja diferente e eu possa produzir o máximo possível.
Perfil
- Frederico de Barros Silva
- Projeto de escritor. To sempre de malas prontas pra lugar nenhum por que até hoje não achei casa alguma dentro de mim. (Pra saber mais, clique ali em Quem eu sou, à direita)
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domingo, 10 de junho de 2012
domingo, 27 de maio de 2012
Mike Shinoda: What Happened to That Boy?
Mike Shinoda apareceu juntamente ao Linkin Park. Após o bem sucedido Hybrid Theory e o seu sucessor Meteora, a banda se firmou entre as maiores desse novo milênio. Fui fã a um bom tempo atrás. Mike e Chester faziam uma combinação interessante: Mike trazia na sua essência o hip hop e Chester era aquele frontman explosivo. O Linkin Park contagiou uma geração inteira e criou uma legião de fãs embalados por ‘Faint’, ‘In The End’, ‘Crawling’ e outras músicas. A junção entre rock e hip hop consolidou o gênero New Metal, e posso afirmar que foi daí em diante que comecei a me interessar pelo rap.
A banda porém, começou a ter altos e baixos. Em 2004 entre projetos paralelos, Chester começou outra banda, Dead By Sunrise enquanto Mike trabalhava com o Depeche Mode. Ainda em 2oo4, em parceria com Jay-Z aconteceu o álbum Collision Course, que continha faixas remixadas junto a versos de Hova. O projeto não foi bem recebido pelos fãs de ambos, mas apesar de não ter sido um sucesso de crítica, Jay-Z ajudou Mike no seu projeto paralelo ‘Fort Minor’ que contém participações de Common, Lupe Fiasco, Holly Brook (Skylar Grey), Styles of Beyond e John Legend. Além de ter sido muito bem recebido pela crítica, The Rising Tied mostra um outro lado de Mike, mais voltado ao Hip Hop, atuando também como produtor do projeto. Remember The Name é uma das músicas mais conhecidas, além da baladinha Where’d You Go que se junta à Back Home com participação de Common e a bem produzida Be Somebody com Lupe.
Em 2005 após problemas com a gravadora, Linkin Park e Warner Bros firmaram um novo acordo e saiu Minutes to Midnight, produzido por Shinoda e Rick Rubin. Entre as mais conhecidas, Bleed It Out, Shadow of The Day trazem uma sonoridade bem diferente de outros cd’s, deixando de lado o Hip Hop e apostando em um Rock misturado a música eletrônica. A banda por pressão da gravadora retirou 5 faixas e contrariou as expectativas e afirmações de que traria novamente o New Metal antiga característico do começo da banda. Cheguei a comprar o CD e mesmo sendo totalmente diferente de Meteora e Hybrid Theory, MTM continha um pouco de Mike, vsto em Bleed It Out e Hands Held High, faixas com Mike rimando.
Quando foi anunciado A Thousand Suns aconteceu aquilo que os fãs já esperavam. O cd continuava com a mesma sonoridade de Minutes to Midnight, mas pouco consegue se enxergar daquele Linkin Park do início do milênio. O disco foi de longe a maior experiência da banda, não contendo basicamente nada de Hip Hop. Mike virou um simples guitarrista, tendo papel maior como produtor ao lado de Rick Rubin, novamente. Tal álbum nem despertou minha curiosidade pela grande mudança de musicalidade da banda, mas me fez repensar isso ao entender o contexto dele, trazendo algumas simbologias e uma interessante junção de histórias interligadas entre as faixas.
Nas últimas semanas saiu o primeiro single de Living Things, Burn It Down que basicamente é uma junção dos dois últimos cds, já deixando claro como será o novo projeto. Linkin Park que surgiu como uma banda rebelde se tornou uma banda (sonolenta) de rock. A mudança tem grande relação à pouca aparição de Mike nos vocais. Mike Shinoda nunca passou de um rapper mediano que se destacava mesmo na produção, mas tratou de se contentar a um espaço mínimo de participação na sonoridade musical do Linkin Park. Chester continuou com o projeto de banda Dead By Sunrise, enquanto o bem aclamado pela crítica, Fort Minor, não teve continuidade. Tal assunto é uma constante na industria musical. Não são poucos os exemplos que temos de rappers que mudam de estilo ou acabam fazendo um rap mais ‘leve’. A diferença é que alguns não tinham qualidade, outros eram Mike.
terça-feira, 1 de maio de 2012
Food & Liquor II: o renascimento de Lupe?
São poucos os cantores que tem seu álbum de estréia considerado um clássico. Esse é o caso de Lupe Fiasco. Food & Liquor é um clássico, entrando até na lista dos mil álbuns para se ouvir antes de morrer. No seu primeiro CD, nos deparamos com um MC inteligente, que não fala sobre temas banais e clichês, indo na contramão das letras da maioria dos rappers atualmente e trazendo de volta a intenção do Hip Hop: o protesto. Críticas sobre o governo, em especial o governo americano, disparidade social, racismo, valorização das mulheres, mídia e suas mentiras e o complexo de inferioridade imposta aos negros. Lupe é um MC sábio, e isso reflete tanto nos temas que aborda quanto em relação as suas rimas e jogos de palavras. Ele chegou a ganhar um Grammy por ‘Daydreamin’, faixa de Food & Liquor. Muitas vezes me pergunto se o MC de Chicago não engoliu um dicionário quando pequeno. Seu vocabulário extenso e facilidade em transformar músicas em histórias contando fatos que são escondidos pela mídia. A pergunta que não quer calar é: o que aconteceu com o rapper mais inteligente do jogo?
Pergunto isso, pois L.A.S.E.R.S. foi um fracasso. Comercialmente talvez não. Mas na qualidade sim. Não que Lasers seja um álbum em si ruim, existem algumas excessões, mas o próprio Lupe em entrevista disse que odiou o álbum e o processo de construção dele. Isso porque a Atlantic Records manteve o disco na geladeira durante 3 anos. O álbum que foi feito em 2008, acabou sendo lançado apenas em 2011, barrado pela gravadora que se recusou a promover singles. A batalha financeira também foi outro fator para a demora do lançando do álbum, além do pedido da Atlantic Records de que houvesse um tom mais ameno, sem muitas criticas. Nesse meio tempo, Wasalu teve depressão e pensou em suicídio. Foram quase 3 anos de brigas internas. E a demora só ajudou a aumentar a decepção que foi Lasers. Teria ele se perdido em meio as criticas?
Acredito que a maioria das coisas que ele diz são muito coerentes, mas em outras parece que ele poderia fugir de algumas polêmicas que não acrescentam em nada a ele. Entre esses incidentes, posso citar a repercussão que houve quando ao final da performance de Superstar no programa de David Letterman disparar: ‘Diga não a nova ordem mundial!”. Ou então quando chamou a MTV de ‘a rede favorita dos Illuminati’ e Obama de ‘o maior terrorista do mundo’. Todos sabem que Lupe é um crítico e não fala mentiras ou sobre o que não sabe, mas parece não saber o momento certo para falar isso. Porém isso também o difere de tantos outros rappers que se mantém neutros à um assunto que possa ser de interesse de outros
Mas retornando ao assunto, tenho a ideia de que quanto mais se espera de um disco, maior será a decepção. Isso também se dá pelo fato de Food & Liquor e The Cool terem sido álbuns de incrível qualidade, sendo o primeiro, um clássico. No seu terceiro álbum, Lupe acabou cedendo aos pedidos da gravadora e em certos momentos a sonoridade vai ao contrário do apresentado em seus dois primeiros álbuns. Lasers em seu todo, é um álbum confuso, onde o rapper apresenta bem menos do que ele já mostrou, mas que tem seus momentos. Porém, há esperança de que Food & Liquor II repita o primeiro. Uma notícia boa é de que Matthew Santos, que já colaborou em Shinning Down, Superstar e American Terrorist, estará no próximo álbum, ocupando o espaço que foi cedido ao MDMA em Lasers. Outro fato animador é que em Friend Of The People, a mixtape, Lupe de certa forma, volta as origens, juntamente com a sua qualidade.
Existe um consenso de que Lasers foi uma exceção e não será repetido. Food & Liquor II deverá continuar a história e o molde do seu antecessor e clássico. O jeito é esperar que Food & Liquor II seja o renascimento de Lupe e que traga o mc mais inteligente da cena juntamente com seu criticismo e jeito inconfundível de fazer rimas e músicas incríveis.
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