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Projeto de escritor. To sempre de malas prontas pra lugar nenhum por que até hoje não achei casa alguma dentro de mim. (Pra saber mais, clique ali em Quem eu sou, à direita)

domingo, 25 de março de 2012

Mind Control


Perdido entre sonhos e realidade. Auto-estima tão baixa, padrões tão altos assim como os muros que nos cercam. Um gênio tão idiota, ou um idiota tão gênio? Poesia ou lixo puro? Contradição ou falta de compromisso com a verdade? Dom com maldição. Devaneios cheios de bloqueios. Noites mal dormidas, dias cheios de tarefas. Asseio com a aparência, alma tão bagunçada. Dias cinzentos, noites tão claras. Conceitos grandes com pessoas tão pequenas. 
Emoções tão complexas para uma mente tão pequena e confusa. Turbulência emocional entre deveres e vontades. No final da noite serei o campeão no troféu de maior perdedor. Eu acho que nunca vou aprender com o que escrevo.

domingo, 18 de março de 2012

Die a hero or live long enough to see yourself become the vilain


Algumas vezes estamos no lugar errado. Outros, na hora errada. Ainda, em outras circunstâncias, em ambos, errado. Caímos 7, para levantar 8. Tomamos a culpa de acontecimentos inevitáveis. Vivemos vidas duplas, entre fazer o bem e fazer o que nos faz felizes. Esperamos recompensas que não vem, ouvindo ofensas que nos surpreendem. Nos refugiamos nas sombras, pois esse é o nosso habitat natural. Engolimos uma vida de desejos e vontades, que mora dentro de nós e morre a cada dia que não seguimos nossos sonhos para fazer o que não queremos. Caímos com tanta vergonha para se levantar com tão pouca glória. 
Vivemos entre medos e obstáculos. Esperanças e deveres. Entre agentes do caos e nossos temores. Esperamos que a gravidade não nos puxe para baixo.
 Somos os heróis que precisamos ser, não que desejamos. Não os que merecemos. Vivemos o bastante para morrer de forma trágica.. Somos os heróis que viram vilões.

domingo, 4 de março de 2012

Love Lockdown


Tantas vezes eu parei pra pensar e tantas vezes decidi nunca mais tocar nesse assunto. Qual? O amor. 
São várias as razões para não escrever mais sobre isso.. é algo clichê, difícil de entender, mas principalmente por se escrever usando apenas a emoção e não a razão. Relembrando memórias que saem de uma história cheia de arco-íris para ficarem tão preto e brancas em um texto. Provavelmente, a emoção mais primordial e nobre do ser humano, hoje em falta. Não usamos de razão, apenas somos levados por uma emoção. Quando o feitiço acaba, a realidade aparece. 
Porque perseguimos tanto isso? Porque queremos tanto isso? Porque somos dependentes de algo que pode mudar em tão pouco tempo? Porque esse sentimento se vai? 
Bom, eu não sei.. e é tão difícil achar respostas quanto mesmo achar razão em escrever sobre isso. Eu acho que isso é algo que ninguém nunca programou, mas acontece. Quando existe uma sobrecarga (a vida), a magia acaba, o encanto fica fraco e começamos a nos ver como seres humanos e não como pessoas que dependem uma da outra. E eu nunca saberei, até isso acabar, até perder o controle. Amor e suas causas. Amor e suas guerras perdidas. Amor e suas feridas. Amor, e seu refugo na bebida. Almas perdidas, almas tão sofridas. Almas pequenas, para um sentimento tão grande. Carinho, rosas queimadas. Beijos, com escarro. Abraços cheios de cicatrizes. E no final, tudo isso será perdido. Erros continuaram na memória, boas lembranças se tornaram em pesadelos e beijos, carinhos, serão esquecidos. Na verdade, esse texto será apenas mais um na série de decepções amorosas, junto a tantos filmes e músicas que falaram tanto disso e não conseguiram mudar o final da história. 
A grande verdade, é que não existe um final. Tudo isso se manterá vivo dentro de nós. Nas nossas ações, pensamentos e próximas decisões. Para onde vamos? Tão longe de onde estávamos.. somos tudo, menos o que eramos, andando nas ruas sem nos cumprimentar, como inimigos públicos, mantendo nosso orgulho tolo. Tínhamos tanto, para acabar com tão pouco? Onde isso acabará? Eu não estou pronto para a linha de chegada.. 

Through The Wire


 Lá se vão mais de 16 dias desde a minha última postagem. Desde então, algumas mudanças, como meu ingresso à faculdade e a retirada de meus sisos. Mas bem, essa última, não é uma novidade.
Passei o último final de semana em Porto Alegre, a capital de todos nós, uma metrópole cheia de idas e vindas, onde despejei praticamente todo o dinheiro que tinha. Melancólica, grande, antiga, suja, turbulenta.. pois em Porto Alegre não existem meios termos, ou se está meio vivo, ou se está morto. 
Multidão de pessoas, tão sozinhas. Vidas interligadas, mas indivíduos tão sozinhos. Cada um vivendo a sua vida, cada vez mais perdendo o senso de comunidade que se tinha antigamente. Tantos sonhos e tanto medo. Tantas vontade, tão pouco dinheiro. Pessoas vivendo no limite, que já estão mortas por dentro. Sem sentimentos, sem essência.
E talvez esse seja apenas mais um texto confuso, muito pelo fato de ter passado tanto tempo pensando e tão pouco escrevendo. Não sei se voltei de lá com mais dúvidas ou certezas. Mas certamente se eu não fosse tão complicado, tudo seria bem mais simples. 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Running

Enquanto crianças corremos por diversão. Corremos com intuito de ver até onde aguentamos, até onde vamos.
Quando adultos corremos com o intuito de ver até onde podemos escapar das coisas de nossa vida. Corremos por medo de assumir compromissos que achamos  não ter competência para assumir. Não queremos ou não aceitamos o compromisso de lidar com um coração que não é nosso, ou de um coração que podemos quebrar. Fugimos da responsabilidade de que é crescer. Corremos da maturidade ao não aceitar que a juventude um dia acaba. E mesmo ela acabando, nós continuamos a ser crianças eternas. Corremos de tudo aquilo que nos assusta. Corremos e nos mudamos de tudo aquilo que não nos adaptamos.
Corremos, pois é mais fácil correr do que parar e aceitar os fatos e enfrentá-los de frente. Corremos por necessidade, por natureza, por vontade, por preguiça, por medo ou simplesmente pois estamos no modo automático, afinal, fizemos isso durante nossas vidas inteiras. Nós temos tudo que é preciso e ao nosso alcance. Não é preciso sofrimento, afinal, ele é opcional. Não enfrentamos nada, apenas a grande verdade que é que corremos de todos os acontecimentos que ocorrem durante as nossas vidas. Nós não temos tempo para decisões. Não temos certeza para decidir e não decidimos por tudo aquilo que já aconteceu um dia e pode se repetir. Deixamos de viver para correr, não aproveitando as estações. Nos negamos a abrir aos olhos, pois uma vez abertos, teremos que correr da fulminante verdade que nos persegue a vida toda. 
Perseguimos o dinheiro, corremos em busca de uma vida melhor, de uma qualidade de vida melhor com luxo e conforto. E enquanto isso, negligenciamos tudo aquilo que nos acontece ao redor. Eu corro de algo que nunca pode ser negado e não se pode esconder ou escapar, mesmo não sabendo do que se trata. Vivemos procurando caminhos para correr. Corremos pois ninguém enfrenta nada de frente e não queremos contrair. Ao passar de todas as fases vemos que todos estão correndo. Uns correm por correr. Outros correm em diferentes direções. Outros procuram correr para se esconder e outros correm a espera de encontrar algo. Mas não existe nada que possa ser negado: nós corremos a vida inteira de algo que não sabemos

Olhos Fechados


Nós nascemos chorando por não conseguir respirar e com os olhos fechados, lutando desde os primeiros segundos de vida. Com o passar de nossas vidas, experimentamos vários acontecimentos, que nós fazem preferir algumas estradas, fechando algumas portas.
Aos poucos percebemos que as histórias de monstros não fazem sentido, pois nossos monstros são internos. Começamos a nos fazer influenciados pela mídia, permitindo que as informações cheguem a nós. Tornamo-nos seletivos, escolhendo o que vai chegar a nós e o que vamos seguir. Mas a grande ironia é que não selecionamos nada. Somos programados, como robôs, desde nossos nascimentos até o dia de nossas mortes. Desde pequenos sofremos com simbologias escondidas e mensagens que moldam nosso estilo de vida.
São empurradas a nossas gargantas a dentro vários produtos. 'Compre isso', 'Beba Coca-Cola', 'Use isso', 'Faça aquilo'. E aos poucos nos tornamos aquilo que somos hoje: fantoches sem escolhas. E por acaso, você saiba a verdade, você será obrigado a fechar os olhos para tudo aquilo e se tornar um ignorantes. Ser feliz ou perceber nossa realidade?
É tão triste perceber o que estamos vivendo e como as grandes mentiras aparecem num piscar de olhos. Você é programado e nem sabe disso, se acha original, mas segue a risca as leis ditadas pela moda, pelo peso que deve se ter e o que é considerado bonito. Nós viramos uma ditadura invisível, onde se é seguido tudo em total liberdade. Não precisa de controle, afinal todos estamos sendo vigiados. Existe uma tortura emocional muito grande desde pequenos, onde se seguem regras ditas por seus pais e pelos seus avôs, onde se pode citar, não usar rosa, por ser cor de menina. Você menina, não use azul. Não existe igualdade sexual desde nossa infância e isso piora com o passar do tempo. Mulheres não devem ter vida sexual, se tiverem, serão conceituadas. Século XXI, cadê a evolução? Olhe para as notícias: negros presos ou na favela, racismo? Mas, e nas notícias, podemos confiar? Até isso é selecionado: o que podemos saber. Todos iguais, o errado é ser fora do padrão.
Seja você, seja original, seja programado. Beba Coca-Cola. Faça sua escolha, eu já fiz a minha. Meus olhos estão fechados

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

C.R.E.A.M.

50 disse: Get Rich or Die Tryin'. BIG diz: Mo Money, Mo Problems. Wu Tang Clan tem em sua frase mais famosa, a frase que mais tem se passado em minha cabeça..  Hammer faz seu hammer time ser blowin' time. 
Atualmente o dinheiro vem se tornando um questionamento a mais e não posso negar que a presença dele me dá mais medo do que a falta a alguns anos atrás. E eu nunca pensei que o dinheiro predominaria na minha mente, quando antes tudo parecia bem mais importante. 
Quanto mais se tem, mais se quer. Não aprendemos a subtrair, apenas adicionar. E não queremos dinheiro apenas pra comida. Queremos diversão e arte. Eu quero dinheiro de arte, dinheiro de música. Dinheiro.
Não se pode negar que o quanto mais temos, mais nos tornamos vazios e patéticos ao tentar encobrir espaços, preenchendo com o poder do dinheiro.
Provavelmente eu estarei dizendo: "I be yelling out money over everything, money on my mind", mas talvez eu esteja apenas exagerando, pois nós queremos vencer e morrer jovens. Queremos ser lembrados por algo, mesmo que fútil.
Queremos coisas que não sabemos o significado que tem, e como devemos as tratar. Queremos impressionar, queremos mostrar. Nós queremos cada vez mais. Insaciáveis pois não pensamos no futuro e nas consequências. Sob taxas e vontades, impostos e loucuras, depósitos e leilões. Nós iremos atrás de mais.

Cash Rules Everything Around Me.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

SOS


Alguns dias atrás eu tive que ir ao médico, fazer uma consulta rotineira. Saí do trabalho e chegando lá peguei a ficha e esperei me chamarem. Ao me chamarem, dei as informações para a atendente e fui para a sala da consulta. Esperei mais de 30 minutos para ser mal atendido. Ao sair do escritório, o que mais me assustou não foi o fato de ter sido mal atendido e ter me sentido ofendido e sim, me sentir inferior. Inferior, no caso, pela situação em que me encontrei e como fui tratado. O fato é que somos reféns dos médicos. Mestres, com doutorados, nos atendem como se estivessem fazendo um grande favor, como se fossemos todos inferiores a eles. E isso é passado ao cliente, que paga pela consulta, é ofendido e sai da sala de consulta com uma lista de recomendações, raio-x para fazer e exames para diagnosticar o que há de errado. Nosso complexo de inferioridade vem de situações como essas mas não é algo novo. Somos reféns de quem dependemos. Na verdade, precisamos de um hospital para as nossas almas, para nossos problemas de verdade. Precisamos de carinho, não de longas filas para atendimento. Precisamos de mais notícias boas, não de exames para procurar nossas imperfeições. Não precisamos de remédios, temos a cura dentro de nós mesmos. Por mais que isso tudo seja mais clichê, é a mais pura verdade. Não precisamos de tanto assim. Não precisamos de médicos. Não desse tipo.. precisamos de um hospital para almas.




Nós vivemos em um dos séculos mais conturbados. É evidente e por mais que a mídia acabe acobertando algumas coisas tão grandes e negativas, o impacto delas é sentido em nós. Vivemos na possível segunda grande depressão, e dessa vez não é apenas pela falta de emprego. É pelo emprego ocupar a maior parte de nossas vidas e o resto nos fazer falta. É pelos divórcios e as famílias quebradas. É pela obsessão pelo materialismo e o quanto usamos isso para ocupar espaços que acabam se descobrindo vazios enormes. Nós estamos cada vez mais usando mais remédios. A cada esquina existe uma farmácia. Porém estamos doentes por dentro. Procuramos em pílulas aquilo que o espelho não nos traz. Esperamos que remédios acabem com a dor que não pode ser localizada nem curada por métodos desse tipo.
 E o quanto mais usamos desses remédios, mais ficamos imunes a essas dores. Acabamos tornando-nos compulsivos, por mais e mais. Ansiedade pela vida, pelo tempo que foi e vai ser. Ansiedade que poderia ser e o que imaginamos que vai ser. Depressão, ataques de pânico, fobias. Nós pagamos por cura, mas cada vez mais estamos doentes. Cada vez mais sofremos mais. Sofremos com a solidão, com a conglomeração, com as angústias e com o que a sociedade impõe. Precisamos de um hospital que não disponha de soros, mas sim de palavras reconfortantes. Menos vacinas e mais gestos de carinho. Menos plásticas e mais elogios a nossas qualidades e virtudes. Mais carinho e compreensão. Não precisamos de plásticas para sermos perfeitos ou nos sertimos bem. Ao longo da vida tudo se vai, menos a nossa saúde, que hoje em dia, vai cada vez mais cedo. Tanto a mental quanto a física. Precisamos de um hospital para almas, para mentes e para vidas. Precisamos de um hospital para a humanidade.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Friends, Lovers Or Nothing


Acredito que nossas vidas mudam como as estações. E é necessário que existam mudanças. Estamos em constante mudança e não há como mudar isso, porém eu nunca soube como lidar com elas, mesmo tentando compreender e ter falado desse assunto tantas vezes. Talvez eu seja como Peter Pan. Talvez eu seja apenas uma criança com medo de crescer. Eu acho que tenho medo de como o futuro vai se desenrolar ou de como meus sentimentos vão mudar, pois não há tempo para desperdiçar e não podemos esperar pela vida. 
Meu melhor amigo se mudou, a minha melhor amiga está ausente. Existe em si uma certa tendência a achar que espantamos as pessoas, porém não vemos o quanto elas sentem nossa falta e o quanto nos distanciamos, fazendo sentimentos crescerem, mas tristezas continuarem. E eu acho que talvez eu esteja entrando para a vida adulta e isso esteja me fazendo agir como um homem de verdade e não mais como um moleque. Falar sobre seus crescimentos enquanto você percebe o quanto se perde e o quanto se ganhou.
E mesmo não estando em Porto Alegre, eu me sinto como se estivesse, pois faz frio nesse inferno. Mais do que um escritor, quando compartilhamos sentimentos, sentimos como se estivéssemos em frente de uma plateia, falando sobre si mesmo. E mesmo gastando o que não precisando, nós gastamos porque nós o necessitamos. Essas experiências, eu nunca pedi que acontecessem, mas elas são involuntárias. Tanto quanto esse texto.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Hate Sleeping Alone


Droga. Eu ando repetitivo, pois meus dias são iguais. Não há nada de novo. E é tão difícil passar por coisas continuam se repetindo e marcaram tanto que sempre estarão presentes. Esse é o futuro, mas eu pareço estar perdido no passado. Estou em busca de novas conquistas, de novos brilhos, porém eu nunca vou deixar para trás o aprendizado do passado. Esses momentos são tão assustadores quanto o dinheiro. Etapas como essas fazem você refletir e acabam te induzindo um crescimento individual obrigatório. Por isso eu dou passos cuidadosos para não errar e eu ainda estou a espera de um sinal. E eu sei que eu ando abusando de sua confiança, mas eu não era amado assim a 2 anos. Eles dizem que suas escolhas fazem quem você é, mas nada disso poderia me mudar. Eu apenas preciso de um momento da eternidade, para refletir sobre o que foi, o que vai ser e o que eu quero. Por isso todas as noites tudo isso se repete. E eu odeio dormir sozinho.