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Projeto de escritor. To sempre de malas prontas pra lugar nenhum por que até hoje não achei casa alguma dentro de mim. (Pra saber mais, clique ali em Quem eu sou, à direita)
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Olhos Fechados


Nós nascemos chorando por não conseguir respirar e com os olhos fechados, lutando desde os primeiros segundos de vida. Com o passar de nossas vidas, experimentamos vários acontecimentos, que nós fazem preferir algumas estradas, fechando algumas portas.
Aos poucos percebemos que as histórias de monstros não fazem sentido, pois nossos monstros são internos. Começamos a nos fazer influenciados pela mídia, permitindo que as informações cheguem a nós. Tornamo-nos seletivos, escolhendo o que vai chegar a nós e o que vamos seguir. Mas a grande ironia é que não selecionamos nada. Somos programados, como robôs, desde nossos nascimentos até o dia de nossas mortes. Desde pequenos sofremos com simbologias escondidas e mensagens que moldam nosso estilo de vida.
São empurradas a nossas gargantas a dentro vários produtos. 'Compre isso', 'Beba Coca-Cola', 'Use isso', 'Faça aquilo'. E aos poucos nos tornamos aquilo que somos hoje: fantoches sem escolhas. E por acaso, você saiba a verdade, você será obrigado a fechar os olhos para tudo aquilo e se tornar um ignorantes. Ser feliz ou perceber nossa realidade?
É tão triste perceber o que estamos vivendo e como as grandes mentiras aparecem num piscar de olhos. Você é programado e nem sabe disso, se acha original, mas segue a risca as leis ditadas pela moda, pelo peso que deve se ter e o que é considerado bonito. Nós viramos uma ditadura invisível, onde se é seguido tudo em total liberdade. Não precisa de controle, afinal todos estamos sendo vigiados. Existe uma tortura emocional muito grande desde pequenos, onde se seguem regras ditas por seus pais e pelos seus avôs, onde se pode citar, não usar rosa, por ser cor de menina. Você menina, não use azul. Não existe igualdade sexual desde nossa infância e isso piora com o passar do tempo. Mulheres não devem ter vida sexual, se tiverem, serão conceituadas. Século XXI, cadê a evolução? Olhe para as notícias: negros presos ou na favela, racismo? Mas, e nas notícias, podemos confiar? Até isso é selecionado: o que podemos saber. Todos iguais, o errado é ser fora do padrão.
Seja você, seja original, seja programado. Beba Coca-Cola. Faça sua escolha, eu já fiz a minha. Meus olhos estão fechados

sábado, 14 de janeiro de 2012

Emptiness



Hoje eu acordei vazio. Vazio de idéias e planos. Vazio de sonhos e pensamentos. Nós vivemos a nossa vida toda passando por coisas vazias, sem deixar marcas. Nós passamos a vida toda procurando coisas que no final, não contam. Nós procuramos tanto por tantas coisas que no final, nós nos perdemos. Vivemos uma vida fútil, constituída por conquistas vazias, amores que deixam cicatrizes e sonhos que nunca viram realidade. Vivemos em uma direção só, em frente.. em direção a morte. Nós não ganhamos. Apenas perdemos. Perdemos tudo. Nossa juventude, nossa alegria e nossa ingenuidade. Perdemos amigos. Perdemos amores. Perdemos nossas vidas, que escapam entre nossos dedos sem nem percebemos. A cada dia que passa, nós morremos aos poucos. Perdemos. Perdemos a oportunidade de nos calar, a de nos expressar, a de nos manter intactos. Conquistamos casas, mas não formamos lares. Vestimos roupas caras mas não temos nada por baixo delas que nos sustente. Usamos jóias que brilham, pois não temos brilho próprio e por procurarmos luz. Estamos na busca incessante por dinheiro e perdemos tempo. Passamos horas conectados à redes sociais sem percebem que passamos batidos, sem ninguém se importar com o que pensamos, falamos ou onde estamos. Passeamos por lugares que nunca voltaremos. Tiramos fotos que irão se perder ou amarelar. Passamos a nossa vida toda negligenciando nossos pais para quando nos tornar pais, vermos o quanto dói a indiferença. Nós somos controlados pelo governo, pela mídia e pela sociedade. E ainda temos a doce ilusão de que somos livres. Somos prisioneiros de conceitos e de nós mesmos e de nossos medos.
Hoje eu acordei frio, pois eu vim de um lar quebrado. 
Eu vim a contra vontade, pois se eu soubesse que as coisas eram assim, eu não teria nascido. Acordei sem sentimentos, repassando a minha vida toda e eu vi que nada disso realmente importa. Nós vivemos em uma eterna espiral sem saída, que nos levará a apenas um caminho: o cemitério. Temos a idéia de que essa espiral é um lindo arco-íris e que podemos ir para todos os caminhos possíveis e novamente nos vemos enganados. E nada, nem mesmo um texto ridículo como esse mudará o rumo que as coisas tomaram, pois amanhã mesmo iremos esquecer tudo aqui dito. Iremos estar bebendo bebidas coloridas, de nomes estranhos. Entraremos em um bar com bebidas cheias e pessoas vazias. Todos nós morreremos. Todos nós iremos nos decepcionar e isso ainda irá nos matará. Não cheguei a conclusão se morremos ou nos suicidamos. Vamos ao pouco nos sufocando e engolindo o nosso próprio veneno que delicadamente é colocado em nossas gargantas.. Uma mistura de ódio, com frustração, juntamente com decepções e sonhos que não viraram realidade. Inveja, precipitação, vontade, má vontade, expectativas frustradas, medo, orgulho, realidade, indiferença e tristeza. E o modo que vivemos, encurta ainda mais isso. Estamos vivendo um homicídio coletivo. Morreremos por causas que podem ser conceituadas de tudo, menos nobres. Lutando por dias melhores que não virão, pois tudo isso é apenas uma ilusão.
Enquanto isso caminharemos pelo vale da decepção, nessa eterna espiral que nunca acabará. Nós morremos. Uns antes, outros depois, mas sem mudar o destino, todos vão... todos vão.

sábado, 7 de janeiro de 2012

A revolução não será televisionada

Vivemos na geração da tecnologia. Temos tudo que nossos pais e avós nunca tiveram e nem pensavam que iria existir. Vivemos na era tecnológica, onde estamos sempre conectados. A Internet revolucionou o mundo, mas principalmente o nosso jeito de viver. Está cada vez mais fácil ter contato com as pessoas. Porém, será que tudo isso valeu a pena?



iPods, iPads, iPhones.. são várias as criações, tendo citado aqui apenas as mais notáveis, criadas por Steve Jobs. A humanidade deu um grande salto nas últimas décadas em relação a tecnologia. Chegamos a Lua, satélites; conquistamos o espaço. Diminuímos as barreiras entre as pessoas. Está cada vez mais fácil de se comunicar. Assim, estamos mais próximos um dos outros, certo?
Errado. A tecnologia facilitou o contato, porém distanciou as pessoas. Contraditório, não? Estamos cada vez mais próximos, mas menos conectados aos outros. Não prestamos mais atenção no que o que os outros sentem, por vivermos em uma geração robotizada, e assim como robôs, não demonstramos sentimentos. Deixamos de ter o contato cara a cara e mesmo isso sendo a coisa mais simples do mundo, traz grandes mudanças, pois não sabemos mais o que os outros sentem, não conseguimos mais prever as emoções das pessoas, deixamos de tocar, de falar, de ver com tanta veemência.
Não sou hipócrita, e nem poderia ser. A tecnologia me fez muito bem, principalmente em relação a rede sociais, o próprio Blog e até o conhecimento de pessoas novas. Porém, ao mesmo tempo que trouxe coisas boas, trouxe coisas ruins. Esperamos a pessoa entrar no MSN, mas nunca esperamos ir atrás delas. Procuramos 'aprender' ao máximo na internet e deixamos de viver. Paramos de sair de casa, para ficarmos de frente a um aparelho a noite toda, e isso, é assustador.
Talvez o pior, não seja em si a tecnologia, e sim a dependência que criamos em cima dela. As pessoas saem de férias e estão no computador por terem medo de perder o que está acontecendo nas redes sociais. A revolução não será televisionada. Não serão nos computadores ou nas TV's que vocês irão encontra-las. Twitter's, Facebook's, Tumblr's.. em nada disso vocês encontraram o amor que se sente em um abraço, a sabedoria que está dentro de um livro ou a experiência que se consegue ao viver. 
Porém, esta é uma geração alienada. De valores duvidosos, então provavelmente nada do que falei aqui fará sentido a maioria, ou irá mudar algo. Acho que nem eu esperava que fosse mudar algo.. apenas precisava desabafar.