Estava lendo esses dias o livro de
poesias de Fabrício Carpinejar, Caixa de Sapatos, e acabei rascunhando algumas
coisas. Não sei se são poemas, poesias, versos ou apenas frases soltas que
vagavam pela minha mente.
No domingo que vem trago o capítulo final À Sangue frio. Enquanto isso fique com esses rascunhos amadores.
No domingo que vem trago o capítulo final À Sangue frio. Enquanto isso fique com esses rascunhos amadores.
Sensações
É horrível.
Essa sensação, sabe?
Mundos se partindo,
ligações se rompendo,
tintas descolorindo,
amor sendo derramado
em forma de sangue.
ligações se rompendo,
tintas descolorindo,
amor sendo derramado
em forma de sangue.
No meio
É a minha insônia.
Cansado demais para dormir,
inquieto demais
para conseguir pensar,
transtornado
demais para desistir.
Estamos no meio do
nada, no meio do incerto,
do inimaginável,
das situações impensadas,
dos momentos improváveis.
Lados
Onde ficara aquele amor que tu me deu?
Qual foi o vento que levou suas palavras?
Por que ódio e amor são separados por uma linha tão tênue?
Estamos em uma batalha campal,
lutando por nossas almas,
protegendo nossos corações contra outras decepções.
Já abrigamos
muitos arrependimentos passados,
já deixamos meio mundo de lado.
De qual lado você está?
Orvalho
Me perdi totalmente ao te encontrar.
Me perdi totalmente por te encontrar.
Só me resta rastejar e descansar nesse orvalho,
esperando pelo crepúsculo surgir
extenuando minha escuridão.
extenuando minha escuridão.
Crença
Estou no meio de uma guerra química.
Estamos lutando por uma convicção jogada aos quatro
ventos.
Estamos lutando por acreditar.
Essa é a nossa fome.
Habitat Natural
Está tudo saindo do meu controle.
Tudo está escapando pelas minhas mãos.
Menos meu vazio.
A gravidade me põe para baixo.
É abaixo do solo o meu habitat natural.
É entre minhas
sombras
e dentro delas que eu me perco, e me acho.
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