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Projeto de escritor. To sempre de malas prontas pra lugar nenhum por que até hoje não achei casa alguma dentro de mim. (Pra saber mais, clique ali em Quem eu sou, à direita)
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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Quem Eu Fui (E O Que Passei)

Odeio ser clichê, e sei que nessa época do ano brotam textos de retrospectiva, principalmente no Facebook, todos tão iguais, exaltando suas vitórias e por vezes alguma perda ou erro de percurso. As pessoas são hábeis em fazer de suas experiências medíocres grandes acontecimentos, em todas as redes sociais, sem distinção. 
Mas a questão em si não é essa. Eu tenho essa mania de analisar e repensar tudo que faço e fiz. Por essas e outras as vezes acabo no mesmo lugar. Mesmo assim, eu acho que não poderia ficar sem falar, até porque eu tenho pensado muito em como escrever e entender tudo que passou. Esse é uma tentativa (frustrada) de narrar tudo que aconteceu:

Eu comecei 2012 como um ponto de interrogação, e acabo ele da mesma forma. Iniciei sendo uma incógnita para mim mesmo, passei para um ponto de exclamação. Percebi que não passava de uma vírgula, mesmo tendo passado por tantos pontos finais. Acreditei ser como reticências, e hoje sou novamente aquela interrogação do começo: ainda não sei quem eu sou, não sei o que estou fazendo e nem se é certo ou errado. Passei a perceber algumas coisas que me fazem mal e outras que me fazem feliz. Ainda não sei muito, ainda não aprendi tudo. Não consegui absorver todos os acontecimentos, estou no caminho.

Esse ano eu escrevi como nunca escrevi na minha vida. Perdi a inspiração, em seguida catei ela. Imaginei nunca mais conseguir escrever e, por fim encontrei-a novamente aonde eu nunca achei que acharia. Toquei em vários assuntos, fui repetitivo, tentei aumentar a variedade e por fim acabei falando das coisas de sempre, do que me faz feliz e do que me deixa triste.

Me senti vazio, sofri em silêncio, chorei, sofri novamente, sofri um pouco mais, sorri, acreditei estar feliz, percebi que nada havia mudado, me senti frustrado e vazio, sofri em silêncio, mas ainda acredito ter motivos para sorrir.  Foi um ano intenso, foi um longo ano. Cheio de compromissos, trabalhos, alguns dias de puro ócio e outros intermináveis.

Aprendi, me arrependi, amadureci, vivi, errei, magoei, me senti morto por dentro, e novamente, vivi. Renovei, me reinventei, reaprendi coisas tão simples, tão comuns no cotidiano que até me envergonho de falar isso. Dei conselhos amorosos. 10 minutos depois fiz tudo aquilo que aconselhei a pessoa à não fazer. 
Me senti sozinho, estive rodeado de pessoas. Achei grandes amigos, perdi contato com alguns. Com outros briguei, e em outros casos, fiz as pazes. Acreditei ser abandonado, encontrei companhias, fiz contatos, fui descartado, descartei pessoas e opções dadas. Fui uma confusão ambulante, por vezes sendo incrivelmente contraditório e confundindo até a mim mesmo. Confundi amor com sexo. Confundi sexo com amor. Confundi amizade com amor, amor com amizade. Percebi que não entendo nada de relacionamentos. Aprendi que ciúmes não é nada mais do que amor e ódio ao mesmo tempo.

Fiz trabalhos ótimos. Fiz trabalhos horríveis. Fiz um blog de esportes, não vingou. Arquivei projetos, trabalhei em alguns. Voltei a desenhar. Consegui meu primeiro emprego (mesmo que digam que estagiário não trabalha). Cheguei várias vezes atrasado no trabalho. Por vezes me adiantei em relação ao meu chefe. Fui voluntário, faltei compromissos. Aprendi bastante com professores. Não entendi algumas matérias. Amei minha faculdade. Odiei ela. Depois voltei à gostar. Me conformei com os defeitos dela. Acreditei (e até o momento, acredito) ter feito a escolha certa.

Fiquei horas no computador. Ouvi música boa. Ouvi música ruim. Viciei em alguns artistas, enjoei de outros. Conheci ótimas músicas. Ouvi as mesmas músicas velhas. Enjoei do Facebook. Viciei de vez no Twitter. Larguei o MSN. Voltei ao MSN. Me distanciei de todas as redes sociais. Não consegui ficar muito tempo longe. Fiz tudo aquilo que falei que não faria. Não fiz nem metade do que planejei para o ano. Por vezes quis que o ano acabasse, desejei não ter passado por algumas coisas, mas no fim vi que era preciso tudo aquilo. Sofrimento, tristeza, dor, perdão, paralisia sentimental, vazio existencial, euforia, satisfação, sentimento de realização, sentimento de fracasso.


Eu ainda não sei o que esperar de 2013. Nem ao menos sei analisar se 2012 foi um ano bom ou ruim. Eu apenas sei que de todas as coisas que passaram, muitas eu levarei para o próximo ano e outras deixarei em caixas, guardadas no meu armário de lembranças. Como eu disse, sou uma interrogação, e aprendi a gostar disso. Aprendi a gostar de ser. Não quero ser algo concreto, que nunca muda, que não revê seus conceitos e muda a forma de ver algo. Ao contrário da maioria das pessoas, eu não sei o que esperar de 2013, nem quero pensar, apenas quero que as coisas aconteçam. Esse é o jeito que as coisas funcionam.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Love&Hate




"2011 são apenas 4 números. É apenas um 1 ano. São milhares de sentimentos, e apenas uma história."

2011 foi um ano atípico. Nunca se sabe o que esperar de um ímpar. Nunca se sabe o que o próximo ano vai apresentar a você. É como uma apresentação, mas onde não se sabe o enredo, muito menos o final. Na verdade, não existe final. Existe uma continuação, finita, dos episódios desenvolvidos. Não é como algo do tipo, o amor, vulgar e conceituado, estereotipado. Anos, são anos, são a continuação de nossa existência.

Ao brindar sobre o céu cheio de fogos de artifício, todos fazem pedidos, alguns promessas, outros rezam, eu não. Eu apenas observo. Eu apenas espero. Como todo mundo espera alguma coisa de um sábado a noite. São apenas 365 dias à
 frente. Mas como nem tudo é certo, existem paralelos. Alguns dias dias parecem eternidades. Outros passam tão rápido quanto cometas. De fracassos à triunfos como Apollo 13. São precisos 500 dias de verão.
Mas o que eu sei? Eu apenas sou mais um branco, com flow de Kanye e aparência de Eminem, huh? E palavras são apenas palavras. Mas entre elas não existem paralelos. Não existem meias verdades, ou meias mentiras. É como se sentir vivo por dentro. É como criar vida dentro de você. É como existir  de outro jeito, de outra maneira. É utilizar a sua vontade, o que existe de melhor dentro de você e colocar pra fora. 
Porém, nada são rosas. É preciso falar de desencontros e encontros. Mas, chega de saudade, pois nisso não há beleza. É preciso falar de quedas e de ascendências. Tudo é aprendizagem. E nós amamos Jesus, mas aprendemos muito com Satã. Todos nós buscamos o céu, mas não queremos morrer. Nós buscamos a vida eterna e esquecemos de viver o pouco que temos. Nós rezamos todas as noites para ele nos proteger daquele-que-tudo-vê.
Talvez algum dia nós aprenderemos o que é essa passagem. O que levamos e o que deixamos. O que é aprendizagem e o que é bobagem. O que é eterno e o que é passageiro. Talvez aprenderemos sobre corações que quebramos e o quanto isso machuca. Sobre o quanto se perde e o quanto se ganha. Sobre memórias e do que os sonhos são feitos. O quanto isso lhe custa e o quanto você perde. Sobre almas perturbadas e anjos.
Sobre o quanto você se perde e o quanto se ganha. Sobre vadias que amamos e mulheres que negligenciamos. Sobre o amor e ódio ao mesmo tempo como
uma lista de decepções queimadas e desenrolando, como laços sendo desfeitos. Nada disso, irá me fazer ter um sono tranquilo. Nem mesmo a consciência deles os fazendo sentir bem.