Nunca
fui bom e nem mesmo soube estar no lugar certo e na hora certa. Em algumas
ocasiões estive na hora certa, mas no lugar errado e vice-versa. Não é de meu
feitio acertar a ocasião ou aproveitar a oportunidade. Não sei, sou meio
errado, meio errante. Poucas foram as vezes em que me senti integrante de algo,
como se aquilo fosse a extensão da minha existência. Felizmente, estou
presenciando o aparecimento desse sentimento. A sensação de se sentir parte de
algo maior.
Os
últimos acontecimentos têm ajudado nisso. Estamos vivendo uma semana histórica,
de resgate de identidade como país. Este é um momento célebre em que vemos
todos os cantos do Brasil se manifestando, exigindo seus direitos e saindo para
a rua. Somos privilegiados por estarmos presenciando tudo isso, com acesso a
informações que só podemos ver na Internet. Veja bem, minha ideia aqui não é
fazer nenhum texto de manifestação ou convocação para sairmos para a rua, mas
não devemos deixar impune isso, é de se comemorar algo que há tempos não ocorria.
E mais do que isso, precisamos ter cuidado: não se pode fazer com que isso seja
fogo de palha, que se apague assim de uma hora para outra. Sei também que o
assunto está meio saturado, mas não há como não escrever sobre quando todo o
país se volta para isso.
Infelizmente deixei de ir ao protesto contra Feliciano. Fiquei em casa com aquele sentimento de que podia estar fazendo mais. Podia estar no olho do furacão. Não fui por pequenos detalhes, e sim, me deixa constrangido. Deveria ter ido, tanto como cidadão quanto como jovem que está procurando modificar a sociedade. Ao menos temos a internet, e embora alguns digam, acho que o mínimo que podemos fazer é compartilhar essas informações, partilhar com os outros o que vimos, lemos, pensamos. Não sou hipócrita também, não acho que iremos mudar o Brasil de uma hora para outra. São mais de 500 anos de exploração, o povo necessita mudar hábitos para então mudar mentalidade. Porém a tentativa é válida e necessária. Se não fizermos agora, perto de uma Copa onde toda atenção está voltada para cá, quando faremos? Deixamos de sonhar por muito tempo, nos tornamos escravos do cotidiano, resignados, inertes.
Infelizmente deixei de ir ao protesto contra Feliciano. Fiquei em casa com aquele sentimento de que podia estar fazendo mais. Podia estar no olho do furacão. Não fui por pequenos detalhes, e sim, me deixa constrangido. Deveria ter ido, tanto como cidadão quanto como jovem que está procurando modificar a sociedade. Ao menos temos a internet, e embora alguns digam, acho que o mínimo que podemos fazer é compartilhar essas informações, partilhar com os outros o que vimos, lemos, pensamos. Não sou hipócrita também, não acho que iremos mudar o Brasil de uma hora para outra. São mais de 500 anos de exploração, o povo necessita mudar hábitos para então mudar mentalidade. Porém a tentativa é válida e necessária. Se não fizermos agora, perto de uma Copa onde toda atenção está voltada para cá, quando faremos? Deixamos de sonhar por muito tempo, nos tornamos escravos do cotidiano, resignados, inertes.
Para
muitos isso pode ser mais um texto, mas para mim não é. Para mim, essa semana
está sendo de fervor interior como se algo a mais pulsasse por dentro. E eu
espero sim, deixar de lado algumas coisas, alguns medos e alguma omissão. Espero
acompanhar isso por muito tempo e ser parte também, fazer por valer isso, não
perder o tempo certo, estar no lugar correto. Quero deixar para trás esse
timming quase sempre mal calculado meu, e aí verás que um filho teu não foge a
luta.
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