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Projeto de escritor. To sempre de malas prontas pra lugar nenhum por que até hoje não achei casa alguma dentro de mim. (Pra saber mais, clique ali em Quem eu sou, à direita)

sábado, 12 de janeiro de 2013

Rosas

Você me deixou com todas as rosas na mão, esperando do lado de fora da casa como uma carta fora do baralho. As rosas que eu te dei, as rosas que te daria, que hoje perderam seu aroma, espalhadas pelo meu quarto escuro.
O que eu farei com elas? Já que você não as quer, só me resta me desfazer dessas lembranças incomodas. 
Pobre vida as das rosas. E então eu irei dormir mais outro dia com elas nas mãos e com um coração partido. Tudo o que me deixastes fosse isso, e é nisso que eu me apego mesmo que a cada dia morram um pouco mais.
Elas simbolizam a gente, o que éramos e o que hoje somos, o nosso reflexo, o reflexo do nosso amor. Tão mortas, tão bonitas, tinham uma vida inteira pela frente. Elas estão prontas para enfeitar um funeral.

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