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Projeto de escritor. To sempre de malas prontas pra lugar nenhum por que até hoje não achei casa alguma dentro de mim. (Pra saber mais, clique ali em Quem eu sou, à direita)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Golpe mortal

A vingança nunca vem de repente, não pra quem aplica. Ela se divide em etapas, primeiramente são os pequenos golpes, quase imperceptíveis, depois se torna mais nítida, mas se camufla e ainda assim é passada quase despercebida. E então amigo, é a fase final, a chamada ‘etapa do desespero’ e ligado a isso vem o golpe final.
Por isso eu gosto de vinganças, elas são orquestradas milimetricamente, pensadas e deixadas em segredo até o momento que será posta em prática.
É algo que me lembra dos espetáculos espanhóis de touradas. O toureiro esconde a espada, ele quer que o touro venha, ele precisa desferir o golpe, mas trata de se manter calmo e imóvel, esperando apenas o primeiro passo do animal. O touro nem desconfia, ele acredita que vai acertar em cheio o humano e levantá-lo. A arrogância do bovino será transformada em sangue e a glória vai chegar àquele que esperou tanto, calculou os segundos e escondeu o jogo tão bem. É simplesmente um espetáculo tão nobre e lindo que mostra a superioridade dos seres humanos, ainda que existam alguns moralistas que não sabem nada de cultura falar que é um massacre contra os animais. Esses não entendem nada de touros, não entendem nada de soberba e muito menos de vinganças.

As vezes vejo touradas e fico pensando em como as coisas que estamos ligados repetem a vida. E o bom é que a vida propicia esses momentos de ajustes de contas. Basta estar disposto, afinal a vingança está sempre  esperando por você, implorando pelo caos orquestrado, pela justiça feita com as próprias mãos. Por isso eu sempre estou com a minha espada escondida, esperando a hora do golpe mortal.

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