Nos sentamos em um banco. Ficamos ali por minutos apesar de parecerem segundos. Era frio e ventava forte. Aquele vento que chegava a assoviar de tão forte. Foi quando finalmente me dei conta: aconteceu, e não teria mais como evitar ou disfarçar. Simplesmente aconteceu e nada mais seria como antes foi. Algo me dizia que as confissões e as paredes desabando eram uma amostra de que não eramos mais estranhos, éramos estranhos apaixonados, se descobrindo.
Mas existia algo a mais me falando. E então eu tratei de me recolher e ouvir bem de perto. E o que me diziam? Que seria um verão cruel. E o engraçado é que o verão finalmente começou. Esse vento que tratava de uivar era apenas o prelúdio do que está por vir. Não será como antes, será um verão diferente.
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