Esse final de semana eu iria sair. Assim como todos os outros finais de semana que a antecederam. Me arrumei como faziam dias que não me arrumava e fui. Confesso que não estava muito empolgado, mas fui pelo que a noite me reservaria. Não sabia bem o que pensar, porém todo mundo espera algo de um sábado a noite - menos ficar em casa. E assim aconteceu: quando percebi já estava com meus amigos que encontraram outros amigos e fomos na casa de... desconhecidos.
Eu não sabiam quem eram e nem tinha vontade de socializar. Tinha bebida mas não estava afim de beber. Meus amigos estavam lá, eu não estava, não de cabeça, pelo menos. Dentre todos os lugares possíveis, minha mente não se encontrava em qualquer outro que pudessem imaginar. Na verdade, as festas, o glamour e as belas roupas para esconder as essências vazias nunca me atraíram.
Mesmo assim, eu teimei em sair de casa esperando que fosse divertido como já aconteceu em outras vezes. Dessa vez, falhei. Falhei com a bebida, com uma aparência à deixar e com a noite. E aquela festa devia estar tão boa quanto os drinks coloridos que são oferecidos. Tão duradoura quanto o amor que é visto entre as pessoas que se conhecem ali, ou tão verdadeira quanto fotos cheias de efeitos em seus super celulares. Talvez eu esteja sendo tão verdadeiro quanto um bêbado chato de um sábado a noite, ou uma menina que disfarça a tristeza do olhar com um rímel.
Aquela poderia ter sido a melhor festa que já fui mas eu nunca vou saber se realmente foi. Meu habitat sempre foi aqui, em silêncio e perto de mim mesmo para conseguir ouvir meus pensamentos. Quem sabe um dia isso mude. Quem sabe um dia a música alta e as letras sem sentido façam algum sentido pra mim.
Algum dia esses textos ou o sentido para escrevê-los vai ser conhecido, assim como para as pessoas que vão nessas festas. Eu aguardo.
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