O álbum de Frank Ocean já era muito esperado. A expectativa era compreensível: após a ótima mixtape Nostalgia, ULTRA, as atenções caiam em cima do álbum de debut de Ocean. Dias antes, na primeira audição onde pessoas da gravadora e jornalistas são convidados, veio uma informação que tomou uma dimensão quase tão grande quanto o lançamento do álbum: Frank estaria assumindo sua bissexualidade. Diante de uma declaração no seu Tumblr oficial, Frank Ocean afirmou que seu primeiro amor foi um homem. O apoio veio de todos os lados, desde o casal Beyoncé e Jay-Z ao seu colega de grupo, Tyler. O mundo da música ficou tocado com uma afirmação tão forte, mas foi a história negra que ganhou e muito. Desde Michael Jackson e os supostos casos de abuso sexual, não havia uma discussão tão grande sobre a sexualidade de um ícone musical negro. Em Bad Religion, a melhor faixa de Channel Orange, o membro do Odd Future deixa claro um amor não correspondido por um homem. Deste a intro Start, passando pela bela Thinkin Bout You, já dá a entender a imensidão de tal projeto. Sweet Life dá um toque de classe, Pilot Jones, Crack Rock mantêm o nível de channel Orange, com Pyramids elevando a qualidade musical do álbum. Lost dá um contraste diferente ao cd, em White a participação de John Mayer passa um pouco despercebida. Monks é uma bela faixa que antecede a já citada Bad Religion.
Em Pink Matter, Frank e Andre 3000 combinam de uma forma casual, com o rapper fazendo um belo verso. Forrest Gump dá os toques finais a um projeto tão grandioso quanto a coragem de Frank Ocean.
Sem dúvidas, tal cd será lembrado por um bom tempo, tanto pela forte personalidade do autor quanto pela bela obra-prima que o é. O ano está na metade mas o álbum já figura entre os 5 melhores. Em Channel Orange o toque de genialidade do melhor cantor de RnB da atualidade fica claro em todas as faixas, fazendo assim ele tomar a proporção que tomou.
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