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Projeto de escritor. To sempre de malas prontas pra lugar nenhum por que até hoje não achei casa alguma dentro de mim. (Pra saber mais, clique ali em Quem eu sou, à direita)

domingo, 25 de novembro de 2012

(Ensaios)

Por mais brega que seja dizer isso, é verdade; a vida é um ensaio. Desde nosso nascimento até a morte. Somos um ensaio, um protótipo inacabado de seres humanos, com nossos defeitos e estranhezas, com nossos rastros, poluídos de memória encontradas em abraços. 
A vida é um ensaio conturbado andando na janela de um ônibus em alta velocidade carregando passageiros de todos os lugares. Os ensaios são nossas experiências e vivências, nossos amores e desamores, alegrias e tristezas, caminhos trilhados à barco, à pé, de passos tão largos. Um debute entre buarquizar e facilitar. Difícil demais de entender e ainda mais, de explicar.
Esse é meu ensaio. Ensaios sobre minha vida, sobre o que vivi e o que pensei. Sobre o que sonhei e o que restou dos meus sonhos. Das minhas dores, desamores entre os corpos que me apoderei e seus sabores. Esse é um ensaio, em forma de retratos vivos de assuntos tão debatidos no cotidiano, afinal, esse é o meu cotidiano. Entre tudo que eu disse e gostaria de dizer e só tive oportunidade agora, aqui, desse jeito. Meio brega como disse ali na primeira linha, emocionante como o nosso nascimento, cinzento como nossa morte e inacabado como tudo que deixei pra trás. Bem-vindos aos meus ensaios.

domingo, 18 de novembro de 2012

Deixa pra depois

Deixa pra lá. Ou coloca em um canto aí. Não quero pensar muito, nem refletir sobre essas coisas. Também não quero escrever sobre isso ou aquilo, quero apenas deixar pra depois aquilo que não é mais necessário. Coloca um móvel aqui, outro lá, troca meia dúzia de coisas do lugar. Esconde aquilo ali, tapa aquela memória lá, simplesmente não tem o que pensar. 
Cabeça vazia demais, morada perfeita para pensamentos. Aloja uns ali, deixa outros de fora. Não precisa deixar tudo em ordem, desde que não fique muito desorganizado. Mas não esquece de barrar aqueles pensamentos sobrecarregados, viu? Se esqueça, cria um lugar imaginário e coloca nesse pedestal tudo o que é bom, ponha aquele carnaval de pensamentos, algumas rosas e aqueles odores e sentimentos cheios de sol. 
Tá tudo certo então? Apenas mais um espacinho aqui reservado para a sua vida. Não vai se esquecer do principal, de você mesmo. Guarda um lugar aí também, o resto deixa pra depois.

(criei um tumblr)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

(Só)


Uma cachoeira inteira caindo sob meu corpo. Meus olhos estão fechados e eu não consigo abri-los. Suas mãos, o meu afago, nossa conexão, olhos entrelaçados. Extremidades queimando, beijando seu lado frágil, o dia hoje dança e a música não para. Ela continua repetindo, sem parar. O seu beijo me leva até o norte de mim. As cores lá do céu, o obelisco a nossa frente, o vendaval de abraços. Cola esse corpo no meu, essa pele tão branca quanto porcelana. 
Estou em queda livre. Caindo para o nada, sem saber aonde meu corpo vai parar. Ainda assim não sou o único. Sua mão não me deixa sozinho. As brigas podes esperar. Suas incertezas, a gente deixa pra lá. Podemos fazer tudo, apenas não me deixa de lado. Dessa vez, eu não estou só. Só nos dois. Só os dois. Só à dois. Só.

Em reparos


Eu nunca estarei completo. Eu nunca estarei por inteiro. Minhas fachadas estão abertas, eu estou em concerto.
Sou uma reforma ambulante, deixando pelo caminho pregos e pedaços. Eu estou em reparos e sempre estarei. Não estou lá, mas estou chegando perto do que espero. Uma obra mal feita, feita às pressas. Em concerto, não totalmente completo, porém um dia estarei. Em manutenção, não me use, não olhe muito: eu estou em reparos.


sábado, 10 de novembro de 2012

(fast) life

Não sei vocês, mas este ano parece estar passando muito rápido. Apesar dos dias as vezes serem longos, as semanas são curtas, não sobrando tempo para nada. Quando vejo no relógio, já passei da hora de dormir e lá se vai mais uma madrugada cheia, que dá lugar a uma manhã sonolenta e assim passa o dia. 
Quando crescemos e começamos a entrar na vida adulta não sobra mais tempo para conciliar tudo aquilo que queremos fazer. Precisa-se fazer escolhas, entre diversão e compromissos, festas ou trabalhos, tempo para si mesmo ou tempo para os outros. 
Não me agrada ser o calendário do ano passado, e com tanta coisa em mente, falta até tempo para refrescar a memória. Compromissos, atividades, textos a fazer, provas para estudar. Não faltar no trabalho, conciliar vida afetiva, profissional, familiar e todas as outras possíveis. Não é fácil, e nem tá fácil para ninguém. Ao menos o ano está quase acabando, mas é melhor tomar cuidado, se descuidar o olho do calendário, se passam mais 2 ou 3.

*me desculpem a falta criatividade e o texto medíocre, é o resultado de poucas horas de sono combinada com metade do dia divididas nas estradas e ônibus

domingo, 4 de novembro de 2012

Aceitar

A coisa mais difícil de se fazer é aceitar. Aceitar é muito maior do que perdoar, acreditar ou desistir. Envolve muito mais confiança do que no perdão, muito mais fé do que no acreditar e mais força do que na desistência. Aceitar é uma qualidade. Aceitar é entender, compreender e não julgar. Poucos de nós sabem fazer isso. É deixar que as ondas do mar levem o ressentimento, a dor, a tristeza ao mesmo tempo em que o sol se poe renovando a força desse hábito. Não quer dizer que você esqueceu ou que fingiu que tal coisa não aconteceu, mas sim respeitar e deixar para trás.
Alguns fazem dessa palavra um lema, outros tentam em vão cumprir o seu significado. Eu tento do meu jeito, meio errado, meio errante, meio bagunçado, meio distante, um pouco forçado e meio maluco. Tento e sempre tentarei aceitar as pessoas e coisas que passaram pela minha vida e as marcas que deixaram em mim. Elas estão bem expostas, parecem cicatrizes, mas não as escondo mais, eu as aceitei. 
Aceitar é uma das palavras mais importantes e difíceis de pronunciar. Não é somente pronunciá-la, é dar um sentido. Se fosse algo vulgar, não seria essa a palavra por trás do casamento, depois de todo aquele juramento. É aceitar, acima de qualquer coisa.

Monumental



Evito falar de futebol aqui, meu fanatismo não me permite ser imparcial. Mas, acredito que eu precisava falar sobre isso. Andei pensando e pareço aquelas meninas bobas, prontas para falar do seu primeiro beijo.
Quarta-feira passada fui em uma excursão do Grêmio. Iríamos visitar a Arena e ir no jogo contra o Barcelona. Confesso que minha empolgação era pela visitação e somente por esse motivo. E não me decepcionei: é algo incrível. Um estádio nos moldes europeus, um gigante, uma obra-prima está emergindo aos nossos olhos. E em ritmo acelerado: são mais de 2 mil trabalhadores, que não tem feriados ou finais de semana, trabalhando 3 durante turnos.
Após isso, fomos ao Olímpico, que me permita dizer, pareceu tão pobre depois de ter passado pela bela Arena gremista. É claro que o nosso velho estádio tem seu charme e sua história, mas ele ficará para o passado, para a história e a partir de dezembro, casa nova. Que o Olímpico me perdoe, mas monumental mesmo é a Arena.