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Projeto de escritor. To sempre de malas prontas pra lugar nenhum por que até hoje não achei casa alguma dentro de mim. (Pra saber mais, clique ali em Quem eu sou, à direita)

domingo, 24 de junho de 2012

Man On The Moon: A grande verdade


Uma batalha entre as duas maiores potências aconteceu para ver quem conquistaria a Lua, e consequentemente o espaço. EUA x URSS disputavam quem chegaria primeiro, isso chegou a envolver macacos, cachorros e muitos astronautas. Como todos sabem, os Estados Unidos acabaram fincando sua bandeira e decretando a vitória, mesmo que as más línguas digam que os russos chegaram antes. Mas isso é apenas um pequeno detalhe pelo que vem pela frente. Com a desintegração da URSS, vários países se formaram e o EUA  saiu fortalecido de tudo isso. 
Na minha opinião, todos perderam. Foram anos de enfrentamento, uma guerra que nunca aconteceu. Disputas disfarçadas e indiretas que acabaram com o grande marco da bandeira na Lua. Milhões foram gastos de ambos os lados, com um grande prejuízo para a atual Rússia. Ficaram com a imagem de bandidos, estimulado pelos vários filmes que foram produzidos na época, Rocky, e o mundo se rendeu ao gigante Estados Unidos da América.
Uma disputa desnecessária para alguns, para outros o marco do capitalismo e para mim, a derrota de todos. Ficamos a mercê de um país que controlou cada vez mais todos. Sem falar que pra mim, o homem nunca esteve na Lua, e se esteve, sempre me pergunto porque não voltou para lá. Mas o principal foi a perda de tempo em tudo isso. Milhões destinados a cada dia que poderiam ter sido investidos em educação. Uma guerra que matou muito mais do que as outras. A primeira vítima, a verdade, a segunda: a população mundial. Valores, marcas, mensagens subliminares, uma enxorada de informações com apenas um lado analisado. Tudo isso para fincar apenas uma bandeira (ok, tem todo um significado por trás) na Lua. Foram meses de pesquisa, anos esperando, para um acontecimento tomar uma proporção imensa. 
É como dizem, esperar por algo tão pequeno não vale, ainda mais uma espera tão grande. Até faço uma provocação: e se não tivesse dado certo? Nem para EUA e URSS? O que aconteceria? Tanto é que nunca voltaram para a Lua, ficando na história mas será que a história foi tão grande quanto o acontecimento?
Você esperaria tanto tempo para algo? Alguns dizem que quem espera e acredita, sempre alcança. Para mim, não passa de coincidência. Perder dias, imaginar, planejar, esperar mas principalmente depender de algo, da vontade de alguém ou ser supremo me parece uma grande perda de tempo. A grande verdade é que se não existe presente, nunca o futuro acontecerá. E então, o que nos resta? Apenas lamentar. E lá se vão mares de lamentações que irão se repetir durante dias que podem se transformar em meses e quando você viu, perdeu meio ano assim.
Acreditar, mas fazer valer a pena, executar e ser curioso, ter curiosidade para saber o que pode-se fazer no dia-a-dia, sem espera ajuda ou depender de alguém. Cada um é dono do seu futuro e a vida acontece todos os dias. Nenhum dia está a salvo e como diz meu professor: 'O amanhã é generoso para os curiosos'.

domingo, 17 de junho de 2012

Eu não sei encerrar ciclos.



                Eu não sei encerrar ciclos. Eu não sei como acabar algo. Eu não sei como sair amistosamente em uma relação. Eu não sei como encerrar relações, como sair de algo e deixar uma imagem positiva.
Não sei sair sem brigar, sem trocar acusações, sem demonstrar algum sentimento de revolta ou raiva por algo que aconteceu ou até que aconteceu, que deveria ter acontecido de outro modo. Eu não sei e nunca vou saber esconder meus sentimentos, meus desejos mais profundos. Eu nunca saberei como reagir em situações onde tudo o que eu gostaria era fazer o que se passa na minha cabeça.
Eu nunca saberei controlar ou medir palavras quando deveria agir corretamente. Bancar o politicamente correto não é comigo. Eu nunca soube como disfarçar algo. Eu nunca soube como fingir algo que é tão transparente e transcorre por meus hábitos. Não existe em mim um manual de como encerrar as coisas. Por isso eu deixo as coisas pela metade. Talvez seja por isso que eu esteja pela metade.
Eu nunca soube o quanto minhas palavras machucariam as pessoas ou o quanto elas mudariam as relações entre elas e eu. Relações conflituosas, dificuldades de se expressar. Não traduzir desejos. Ter impulsos e depois se arrepender. Eu preciso me mexer. Não posso manter isso e a mim também.
Por isso continuo pela metade. Nunca encerrarei algo da forma correta pois gosto das coisas pela metade ao mesmo tempo em que isso me devora por dentro. Enquanto sempre vai pairar aquela dúvida no ar, por dentro isso estará me corroendo. E por isso me manterei pela metade. Pois a minha outra metade estará corroída.
Eu não sei o que são ciclos, não sei agir com mudanças. Por isso me manterei assim: pelo meio.

domingo, 10 de junho de 2012

(Em manutenção)


Odeio feriados. Nunca faço nada de útil pois fico naquela eterna preguiça e então eu vou deixando as coisas para depois e depois e quando chega o depois, não fiz absolutamente nada. Um dos meus grandes problemas é a preguiça e nem com 1 post semanal eu consigo cumprir minhas 'obrigações'. Mas enfim, eu ando escrevendo no Raplogia e espero que a semana que vem seja diferente e eu possa produzir o máximo possível.

domingo, 3 de junho de 2012

O que mais ser fazer


Outro dia alguém me acusou de não saber perder. 
Aí está uma injustiça atroz e revoltante.
Se existe alguém que sabe perder nessa ponta do Brasil, este alguém sou eu.
A toda hora estou perdendo, perco todos os dias, para todo mundo, nas mais variadas circunstâncias.
Logo, posso me gabar de ser um ótimo perdedor.
Raríssimas são as pessoas que me vencem numa disputa para decidir quem perde mais.
Sei disso porque estou cercado de vitoriosos, de campeões, de sabichões.
Eu aqui, nessa minha platitude, tenho de me contentar com escassas vitórias e façanhas que outros tantos já cometeram.
Por esse motivo, as valorizo.
Vibro com elas.
Ganhei uma! Ganhei uma! Mas não me exibo muito, por saber que, logo ali adiante, vou perder outra vez.
Aliás, já aprendi que só venço eventualmente porque perdi frequentemente.
Às vezes alguém me vê sorrindo e pensa que a alegria é fruto de petulância.“ É um convencido!”, conclui.
Lembro de uma vez, quando de minha primeira passagem por Zero Hora, que uma diagramadora olhou para mim e resmungou: – Tu deves ganhar muito bem, não é? Porque estás sempre rindo.
Mas é o contrário! Estou sempre sorrindo porque sei que poderia ser pior.
Contento-me com as alegrias baratas da vida.
Alguém que sabe que derrotas são sempre iminentes fica feliz com pequenas vitórias.
Isso em todos os campos, mesmo nos que me despertam o mais rútilo interesse.
As mulheres, por exemplo, são muito boas para ensinar a lidar bem com a rejeição.
Para efeito de ilustração, tomemos um tempo em que eu sorvia total descompromisso emocional.
Digamos que me interessasse por uma mulher diferente por dia.
Não é um número exagerado.
Há muitas mulheres interessantes por aí.
Isso não significa que você esteja apaixonado, nem que anseie por ter um romance explosivo com ela.
Não.
Trata-se apenas de uma consideração.
Você olha para ela e cogita das possibilidades, Será que posso me dar bem? Essa mulher poderia se repoltrear e se refocilar comigo? Então, se ela emite um mínimo sinal, qualquer coisa, pode ser um olhar veloz em que cintile uma réstia de contentamento, bem, aí você faz uma minúscula tentativa, qualquer coisa também, diz uma gracinha, só para ver se ela sorri de volta, se existe uma única chance.
E, neste caso, isso, apenas isso, o sorriso que volta, esse sinal ínfimo já pode ser considerado uma vitória.
Não que você ache que vai dar certo, nada disso.
A vitória se dá tão- somente porque não foi uma derrota.
Quer dizer: você não foi rechaçado de pronto, ela não despreza você, EXISTE UMA CHANCE! Mas, voltando aos meus tempos de descompromisso total, tenho de admitir que esse sinal de retorno não acontecia amiúde.
Dava- se, digamos, uma vez por semana.
Isto é: de 30 tentativas mensais, eu obtinha sucesso em quatro e, dessas quatro, talvez uma prosperasse (se tivesse sorte).
Em um ano, portanto, eram 353 derrotas e 12 vitórias, em média.
Um homem que passa por isso se ceva na rejeição.
Ele sabe que a cidade está cheia de mulheres que o desprezam ou que o consideram insignificante.
Talvez até o ridicularizem à socapa.
Assim, se você conquista uma vitória, uma só, ela tem de ser comemorada.
Urge convidar os amigos para um chope cremoso.
O que quero dizer é que a rejeição e o fracasso não me roubam o bom humor.
Estou acostumado com eles.
Mas vejo que a maioria das pessoas não está.
A maioria das pessoas é vencedora.
Elas têm excelente opinião sobre si mesmas e, se sofrem um revés, se abalam, se entristecem.
Ou ficam revoltadas, como o Felipão.
O Felipão, quando perde, se queixa do juiz.
Vê conspirações em cada canto do vestiário.
Acontecia antes, quando ele estava no Grêmio, acontece agora, quando ele está contra o Grêmio.
A derrota nunca está nele, está sempre fora dele.
É a inconformidade dos vitoriosos.
Que inveja deles.


Texto de David Coimbra.
Link: 
http://wp.clicrbs.com.br/davidcoimbra/2012/05/29/o-que-mais-sei-fazer/?topo=13,1,1,,,13

sábado, 2 de junho de 2012

Quando eu conheci (500) Days Of Summer


(500) Days of Summer não é uma novidade, mas o review de um filme aqui neste blog sim. Pretendo começar a fazer reviews de filmes assim como estou fazendo de álbuns para o RaplogiaMas bem, vamos para o que interessa: o filme. Interessante, engraçado, dinâmico, triste, casual são adjetivos que definem essa 'comédia romântica' que traz Zooey Deschanel (da banda She & Him) e de Joseph Gordon-Levitt (50% e The Dark Knight Rises).

 A história se baseia em Tom Hansen, um escritor de cartões comemorativos que se apaixona de cara por Summer Finn, a nova secretária da companhia em que trabalha. Mychael Danna acerta em cheio desde a intro até o fim. "This is a story of boy meets girl. The boy, Tom Hansen, grew up believing that he’d never truly be happy until the day he met the one. The girl, Summer Finn, did not share this belief. You should know up front this is not a love story."

Com gostos quase iguais, Tom e Summer logo sentem aquela faísca que os faz parecer um casal perfeito. O amor de Summer pelo cinema assim como os gostos em comum na música (tirando Ringo Starr) leva a Tom acreditar que Summer deixaria de lado os seus medos desde a separação de seus pais.
O relacionamento é tão intenso que mesmo não tendo esse 'rótulo' por Zooey, faz com que a narrativa se torne interessante e prenda a atenção de quem assiste. 

Ao mesmo tempo em que retrata todos os momentos bons, os benefícios de ter alguém ao seu lado, trata de mostrar os momentos ruins, os momentos de indecisão e tristeza onde existe um desencontro de sentimentos por parte dos dois. Talvez esse, juntamente a trilha sonora, seja o grande ponto alto do filme. É um filme contemporâneo. Apesar do jeito retrô de Summer se vestir, o filme mostra acontecimentos que ocorrem na atualidade, afinal, é uma história sobre relacionamentos, e querendo ou não, os erros acontecem novamente e novamente.

 Muitas pessoas (inclusive eu) se identificam com o filme e o carisma de Zooey Deschanel ajuda a estimular a pessoa que assiste 500 Days of Summer. Entre o conto de fadas de Tom e a realidade de Summer, se passam momentos que trazem um misto de "era uma vez" e "a vida é cheia de experiências, algumas ruins e outras boas", juntamente a separação dos dois e os reencontros casuais com Tom sempre deprimido e Summer continuando sua vida. 

Zooey Deschanel sempre terá essa "maldição" de ser lembrada como a Summer de (500) Days of Summer e Joseph Gordon-Levitt tem uma das suas melhores atuações nesse ótimo filme que não sai de época. 
A trilha sonora traz Hall & Oates, The Smiths, Regina Spektor, Belle and Sebastian além de outras pérolas. (500) Days of Summer ou 500 dias com ela, como foi traduzido pra cá, é um filme que vale a pena ver e rever. Para românticos assumidos e azarados no amor. Recomendado para crentes no amor e para aqueles que já deixaram de acreditar nisso. Para jovens, adultos e mais velhos. É um filme pra família ou para ver com o seu (ou sem) namorado(a), e se você não tiver, tudo bem, vale a pena mesmo assim.
Cotação: 4,5 estrelas de 5 (4,5/5)

Abaixo, imagens e o trailer do filme. 







Desculpem-me ter colocado tantas imagens, me controlei para não floodar.