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Projeto de escritor. To sempre de malas prontas pra lugar nenhum por que até hoje não achei casa alguma dentro de mim. (Pra saber mais, clique ali em Quem eu sou, à direita)

domingo, 27 de maio de 2012

Mike Shinoda: What Happened to That Boy?





Mike Shinoda apareceu juntamente ao Linkin Park. Após o bem sucedido Hybrid Theory e o seu sucessor Meteora, a banda se firmou entre as maiores desse novo milênio. Fui fã a um bom tempo atrás. Mike e Chester faziam uma combinação interessante: Mike trazia na sua essência o hip hop e Chester era aquele frontman explosivo. O Linkin Park contagiou uma geração inteira e criou uma legião de fãs embalados por ‘Faint’, ‘In The End’, ‘Crawling’ e outras músicas. A junção entre rock e hip hop consolidou o gênero New Metal, e posso afirmar que foi daí em diante que comecei a me interessar pelo rap.

A banda porém, começou a ter altos e baixos. Em 2004 entre projetos paralelos, Chester começou outra banda, Dead By Sunrise enquanto Mike trabalhava com o Depeche Mode. Ainda em 2oo4, em parceria com Jay-Z aconteceu o álbum Collision Course, que continha faixas remixadas junto a versos de Hova. O projeto não foi bem recebido pelos fãs de ambos, mas apesar de não ter sido um sucesso de crítica, Jay-Z ajudou Mike no seu projeto paralelo ‘Fort Minor’ que contém participações de Common, Lupe Fiasco, Holly Brook (Skylar Grey), Styles of Beyond e John Legend. Além de ter sido muito bem recebido pela crítica, The Rising Tied mostra um outro lado de Mike, mais voltado ao Hip Hop, atuando também como produtor do projeto. Remember The Name é uma das músicas mais conhecidas, além da baladinha Where’d You Go que se junta à Back Home com participação de Common e a bem produzida Be Somebody com Lupe.

Em 2005 após problemas com a gravadora, Linkin Park e Warner Bros firmaram um novo acordo e saiu Minutes to Midnight, produzido por Shinoda e Rick Rubin. Entre as mais conhecidas, Bleed It Out, Shadow of The Day trazem uma sonoridade bem diferente de outros cd’s, deixando de lado o Hip Hop e apostando em um Rock misturado a música eletrônica. A banda por pressão da gravadora retirou 5 faixas e contrariou as expectativas e afirmações de que traria novamente o New Metal antiga característico do começo da banda. Cheguei a comprar o CD e mesmo sendo totalmente diferente de Meteora e Hybrid Theory, MTM continha um pouco de Mike, vsto em Bleed It Out e Hands Held High, faixas com Mike rimando.

Quando foi anunciado A Thousand Suns aconteceu aquilo que os fãs já esperavam. O cd continuava com a mesma sonoridade de Minutes to Midnight, mas pouco consegue se enxergar daquele Linkin Park do início do milênio. O disco foi de longe a maior experiência da banda, não contendo basicamente nada de Hip Hop. Mike virou um simples guitarrista, tendo papel maior como produtor ao lado de Rick Rubin, novamente. Tal álbum nem despertou minha curiosidade pela grande mudança de musicalidade da banda, mas me fez repensar isso ao entender o contexto dele, trazendo algumas simbologias e uma interessante junção de histórias interligadas entre as faixas.

Nas últimas semanas saiu o primeiro single de Living Things, Burn It Down que basicamente é uma junção dos dois últimos cds, já deixando claro como será o novo projeto. Linkin Park que surgiu como uma banda rebelde se tornou uma banda (sonolenta) de rock. A mudança tem grande relação à pouca aparição de Mike nos vocais. Mike Shinoda nunca passou de um rapper mediano que se destacava mesmo na produção, mas tratou de se contentar a um espaço mínimo de participação na sonoridade musical do Linkin Park. Chester continuou com o projeto de banda Dead By Sunrise, enquanto o bem aclamado pela crítica, Fort Minor, não teve continuidade. Tal assunto é uma constante na industria musical. Não são poucos os exemplos que temos de rappers que mudam de estilo ou acabam fazendo um rap mais ‘leve’. A diferença é que alguns não tinham qualidade, outros eram Mike.

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